Petrobrás aceita reajuste mensal sem perdas na baixa do petróleo

PETROBRAS REAJUSTE MENSAL PETROLEO

Publicado em: 04/06/2018 às 13:18 | Atualizado em: 04/06/2018 às 13:18

A Petrobrás aceita alongar o período de reajuste do preço dos combustíveis para mensal para consumidor final, no entanto, impõe regras para não ficar, por exemplo, no prejuízo quando o preço do barril do petróleo no mercado internacional estiver em baixa.

A avaliação dentro do Planalto, com certa concordância da própria Petrobrás, é que o preço da gasolina também deve ser determinado a cada mês e não variar quase que diariamente.

Fontes do governo disseram ao Valor que a estatal impõe duas condições para essa rediscussão: que a empresa não perca o lastro nos preços internacionais e que ela seja protegida contra a importação nos períodos em que a cotação do mercado externo estiver abaixo da vigente no Brasil.

Uma política de menor volatilidade poderia ajudar a diminuir a temperatura da crise política que se instalou no país há duas semanas, a partir da greve dos caminhoneiros, e que culminou com a saída de Pedro Parente da presidência da estatal, e a substituição pelo amazonense Ivan Monteiro (foto)

Entre economistas e especialistas no setor de petróleo, há quase consenso de que é possível adaptar a política de preços da Petrobrás.

Os pontos de acordo envolvem a criação de mecanismos que suavizem o repasse da volatilidade do petróleo no mercado externo e do dólar para o preço dos combustíveis na bomba, e que essa política seja arcada pelo setor público.

 

Foto: Agência Brasil