O Ibovespa deve registrar mais uma sessão de forte queda nesta segunda-feira, 9, com os ADRs da Petrobras, Vale e de bancos desabando no pré-market da bolsa de Nova York à medida que as cotações do petróleo despencaram até 30%, após a Arábia Saudita reduzir os preços da commodity.
Os ADRs da Petrobras caem até 17%, os da Vale caem 9% e do Itaú caem cerca de 6%, prometendo um dia de baixa generalizada no mercado acionário.
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A decisão dos sauditas, que foi interpretada como uma guerra de preços, veio após a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e os aliados da Opep+ não conseguirem fechar um acordo, na última sexta-feira, 6, para cortar ainda mais a produção do grupo, como parte de uma estratégia para lidar com o impacto econômico do coronavírus.
A Rússia, líder informal da Opep+, não aceitou uma proposta da Opep de reduzir a oferta coletiva em mais 1,5 milhão de barris por dia.
As revisões de recomendações já começaram, com destaque para o Bradesco BBI cortando a recomendação para as ações da Petrobras para neutra.
Petrobras
A Petrobras teve a sua recomendação reduzida de equivalente à compra para neutra pelo Bradesco BBI em meio à revisão dos preços do petróleo pelo banco.
Os analistas avaliam que haverá uma guerra de preços pela frente e que o movimento surpreendente dos sauditas poderia ser uma tentativa de trazer a Rússia de volta à mesa de negociações.
Contudo, eles não avaliam que essa queda de braço será vencida rapidamente. Assim, é difícil saber quando esse imbróglio terminará, mas deve trazer resultados negativos.
Como resultado, os analistas reduziram a previsão do brent de US$ 65 para US$ 35 o barril este ano, avançando gradualmente para US$ 55 o barril no longo prazo.
O preço-alvo para a Petrobras foi cortado de US$ 18 para US$ 11 o ADR (ou de R$ 38 para R$ 23,50 a ação preferencial).
Fonte: Bloomberg, Agência Estado e Agência Brasil
Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil)