A PF (Polícia Federal) investigará a mudança de domicílio eleitoral do ex-juiz Sérgio Moro e sua esposa, Rosangela, para São Paulo. A determinação é do Ministério Público Eleitoral (MPE), nesta segunda-feira (16), de acordo com o Metrópoles .
Os dois, que deixaram o Podemos e se filiaram ao União Brasil no último dia 31 de março, trocaram seus endereços registrados na Justiça Eleitoral de Curitiba (PR) para a capital paulista, mas a mudança foi questionada por adversários e pelo MPE.
Ao pedir à PF que abra um inquérito para investigar o casal, o MPE-SP levou em conta notícia-crime encaminhada pela Procuradoria Regional Eleitoral de São Paulo (PRE-SP) no início de abril.
A PRE foi provocada por uma eleitora paulista, que acusou o casal Moro de ter transferido o domicílio “mediante possível fraude e inserção de informação falsa no cadastro eleitoral”.
Pela lei, para mudar de domicílio eleitoral, o cidadão precisa residir no novo estado há pelo menos três meses e provar isso com documentos.
Casal responde
Em nota, a defesa do casal alegou que “Sérgio e Rosangela Moro cumpriram rigorosamente todas exigências da legislação eleitoral ao solicitarem a mudança de domicílio eleitoral. Moro e sua esposa estão à disposição da Polícia Federal para prestar todos os esclarecimentos necessários, confiantes de que a lei vale para todos e deverá prevalecer”.
O ex-ministro da Justiça do governo Bolsonaro também se manifestou pelo Twitter e aproveitou para alfinetar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), lembrando suas condenações no âmbito da Lava Jato (mas omitindo que as sentenças e os próprios processos foram anulados pelo Supremo Tribunal Federal):
“Nada há de ilegal com meu novo domicílio eleitoral. É um direito de todo brasileiro mudar. Sem problemas, prestarei todas as informações necessárias. Agora, é estranho esse questionamento enquanto a candidatura de um condenado em 3 instâncias seja tratada com naturalidade”, disse Moro no Twitter.
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