Joias árabes: PF quer interrogar Bolsonaro e mais nove na mesma hora

Além do que se apossou das joias, devem depor o ex-chefe da Receita, o coronel ajudante de Bolsonaro e outros

Bolsonaro já fazia plano de ser ditador em 2001, como disse a Marcola

Publicado em: 30/03/2023 às 12:37 | Atualizado em: 30/03/2023 às 13:16

O ex-presidente Jair Bolsonaro pode ter cometido crime de peculato no caso das joias árabes e que chegaram ao Brasil sem serem declaradas.

Os indícios são apontados pela Polícia Federal, no entanto, o inquérito, entretanto, ainda não foi concluído.

O blog apurou que a polícia deve ouvir Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid, o ex-chefe da Receita Julio Cesar Vieira Gomes e outras sete pessoas ao mesmo tempo – em salas separadas -, no inquérito que investiga o caso. O depoimento foi marcado para 5 de abril, às 14h30.

O crime de peculato, previsto no Código Penal, acontece quando um funcionário público se apropria de dinheiro ou bens dos quais tem posse em razão de seu cargo. A pena é de 2 a 12 anos de prisão e multa.

A intimação de Bolsonaro e Mauro Cid foi revelada pelo blog e pelo Estúdio i, da GloboNews, na quarta-feira (29).

Como o blog mostrou, Cid, que era ajudante de ordens de Bolsonaro, e Vieira Gomes participaram da tentativa de liberação, às vésperas do fim do mandato do ex-presidente, do conjunto de joias de R$ 16,5 milhões que havia sido apreendido pela Receita Federal com uma comitiva brasileira em 2019.

O inquérito da PF investiga esse episódio e apura também as circunstâncias em que dois outros conjuntos de joias dados de presente comitivas brasileiras foram parar nas mãos de Bolsonaro quando ele deixou o cargo: um, com um relógio da marca Chopard e outro, com um relógio Rolex, entre outros itens.

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Foto: foto-isac nóbrega-agência brasil