PF ganha do STF mais prazo para investigar interferência de Bolsonaro
Entre as ações em andamento no inquérito da Polícia Federal que o ministro Alexandre de Moraes considerou está o interrogatório de Bolsonaro

Aguinaldo Rodrigues
Publicado em: 12/10/2021 às 19:53 | Atualizado em: 12/10/2021 às 19:53
Ao considerar que ainda há investigação a fazer e medidas em andamento, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), deu mais 90 dias à Polícia Federal. Trata-se, dessa forma, de mais prazo para investigar suposta interferência de Bolsonaro no comando da PF.
Como resultado, o presidente da República foi denunciado e hoje está na condição de investigado.
Conforme decidiu neste dia 11, Moraes não esperou nem terminar o prazo anterior, que vence só no próximo dia 27.
Entre as ações em andamento nesse inquérito, por exemplo, está o interrogatório a que será submetido Bolsonaro na polícia. Isso vai acontecer nos próximos 30 dias, conforme prazo que Moraes deu à PF.
Leia mais
Omar Aziz critica Bolsonaro e afirma que presidente está “desesperado”
Prova gravada
Uma das principais provas sobre a interferência de Bolsonaro, portanto, é o vídeo de 22 de abril de 2020. Em reunião com ministros, ele diz claramente que iria intervir na PF do Rio de Janeiro.
“Eu não vou esperar foder a minha família toda, de sacanagem, ou amigos meus, porque eu não posso trocar alguém da segurança na ponta da linha que pertence a estrutura nossa. Vai trocar! Se não puder trocar, troca o chefe dele! Não pode trocar o chefe dele? Troca o ministro! E ponto final! Não estamos aqui para brincadeira”, disse Bolsonaro.
Leia mais no Correio Braziliense.
Foto: Alan Santos/Presidência da República