Pfizer diz que sua vacina contra covid-19 é 95% eficaz e já quer imunizar

Empresa vai solicitar à Food and Drug Administration (FDA), agencia americana equivalente à Anvisa no Brasil, o uso emergencial do imunizante

Intervalo de vacina da Pfizer deve reduzir de 3 meses para 21 dias

Publicado em: 18/11/2020 às 10:01 | Atualizado em: 18/11/2020 às 10:12

A farmacêutica americana Pfizer anunciou nesta quarta-feira (18) que sua vacina candidata contra a covid-19 é 95% eficaz.

Nesse contexto a empresa vai solicitar à Food and Drug Administration (FDA), agência americana equivalente à Anvisa no Brasil, o uso emergencial do imunizante.

Na semana passada, a companhia divulgou resultados preliminares que apontavam para a segurança da fórmula e uma eficácia acima de 90%.

 

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A Pfizer informou, ainda, que 170 voluntários contraíram a covid-19, dos quais apenas oito haviam sido imunizados.

Os demais 162 estavam no grupo placebo — ou seja, que não recebeu a vacina.

Dez pessoas apresentaram sintomas graves de covid-19, mas apenas uma delas foi imunizada.

 

Faixas etárias

 

A farmacêutica informou que o imunizante também se mostrou efetivo em diferentes faixas etárias e grupos étnicos e demográficos.

A eficácia em idosos acima de 65 anos, que compõem um dos principais grupos de risco da covid-19, foi de 94%.

Nenhum efeito colateral significativo foi reportado entre os 43 mil voluntários, uma indicação, na avaliação da empresa, que a vacina pode ser implementada de forma ampla ao redor do mundo.

O efeito adverso mais observado nos ensaios clínicos foi a fadiga, reportada em 3,7% dos voluntários imunizados depois da segunda dose.

 

Efeitos em idosos e adultos

 

Adultos idosos se mostraram mais propensos a desenvolver febre e outros reflexos menores.

A farmacêutica reiterou que espera produzir até 50 milhões de doses de vacinas este ano, o suficiente para proteger 25 milhões de pessoas, e então produzir até 1,3 bilhão de doses em 2021.

Nesta semana, a concorrente americana Moderna também anunciou números promissores ao final dos ensaios clínicos. O desempenho dos dois imunizantes, baseados na inédita tecnologia de RNA mensageiro (mRNA), aumentou as expectativas por um freio à pandemia do novo coronavírus, que já matou mais de 1,3 milhão de pessoas no mundo e derrubou a economia global.

 

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Foto: Getty Images