Pfizer rejeita exigências do Brasil por vacina e cobra soberania
A Pfizer pediu, também, que o governo brasileiro abra mão da soberania de seus ativos como garantia de pagamento, além de criar um fundo em uma conta no exterior

Aguinaldo Rodrigues
Publicado em: 22/02/2021 às 17:03 | Atualizado em: 22/02/2021 às 17:03
O alto escalão da farmacêutica Pfizer disse, nesta segunda-feira (22), que não aceita as condições feitas pelo governo brasileiro para que possa vender sua vacina.
Os executivos conversaram com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG) e também com o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), por videoconferência.
As informações são de Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, reproduzidas por IstoÉ.
A Pfizer quer que o governo brasileiro seja responsabilizado por eventuais processos por efeitos adversos do imunizante, além de ter solicitado que todos os litígios com o Brasil sejam resolvidos na Câmara Arbitral de Nova York.
A farmacêutica também pediu que o governo abra mão da soberania de seus ativos como garantia de pagamento, além de criar um fundo em uma conta no exterior.
Além do Brasil, Venezuela e Argentina também não aceitaram as cláusulas.
Também participaram da reunião os diretores da Johnson & Johnson, que pretende vender a vacina Janssen para o país.
Foto: Dado Ruvic/Reuters/Agência Brasil