Morte na ‘câmara de gás’ da polícia derruba dois da direção-geral

O ministro da Justiça, Anderson Torres, disse que determinou a abertura de investigação pela Polícia Federal e pela Polícia Rodoviária Federal para esclarecer o episódio

Diamantino Junior

Publicado em: 31/05/2022 às 10:37 | Atualizado em: 31/05/2022 às 10:37

O diretor-executivo da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Jean Coelho, segundo na corporação, e o diretor de inteligência, Allan da Mota Rebello, foram demitidos nesta terça-feira (31/05). As exonerações foram publicadas no Diário Oficial da União (DOU).

As dispensas ocorrem uma semana após a morte de Genilvado de Jesus Santos, 38 anos, em uma abordagem policial da PRF em Umbaúba, no litoral sul de Sergipe.

Policiais rodoviários federais prenderam Genilvado no porta-malas de uma viatura e colocaram spray de pimenta e gás lacrimogênio com ele.

De acordo com laudo do Instituto Médico Legal (IML), o homem morreu por asfixia e insuficiência respiratória.

As portarias não falam o motivo das demissões e foram assinadas pelo ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira.

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De acordo com a PRF, foi aberto um procedimento disciplinar para apurar a conduta dos policiais envolvidos na abordagem. Os policiais também foram afastados. 

O ministro da Justiça, Anderson Torres, disse que determinou a abertura de investigação pela Polícia Federal e pela Polícia Rodoviária Federal para esclarecer o episódio.

Nesta segunda-feira (30/5), o presidente Jair Bolsonaro (PL) saiu em defesa da PRF e disse que  quer justiça ‘sem exageros’ no caso da morte de Genilvado.

“A justiça vai existir nesse caso e, com toda certeza, será feita a justiça né… Todos nós queremos isso aí. Sem exageros e sem pressão por parte da mídia, que sempre tem um lado: o lado da bandidagem. Como lamentavelmente grande parte de vocês se comportam, sempre tomam as dores do outro lado. Lamentamos o ocorrido e vamos com seriedade fazer o devido processo legal para não cometermos injustiça e fazermos, de fato, justiça…”, disse.

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