PolĂcia no Brasil pratica racismo institucionalizado, aponta pesquisador
Entrevista com o advogado Almir Felitte, que oferece insights sobre a histĂ³ria e o papel das polĂcias no Brasil.

Publicado em: 18/04/2024 Ă s 10:29 | Atualizado em: 18/04/2024 Ă s 10:34
O advogado Almir Felitte oferece uma anĂ¡lise profunda sobre a histĂ³ria e o papel das polĂcias no Brasil em sua entrevista recente ao  Instituto Humanitas Unisinos.
Ele destaca que a criaĂ§Ă£o e evoluĂ§Ă£o das forças policiais no paĂs estĂ£o intrinsecamente ligadas ao racismo institucionalizado, especialmente apĂ³s a aboliĂ§Ă£o da escravatura.
Felitte argumenta que a elite brasileira, preocupada com a crescente presença de negros livres nas cidades, utilizou a polĂcia como uma ferramenta de controle social, levando a uma inversĂ£o demogrĂ¡fica nas prisões, com a maioria dos detidos sendo pessoas negras.
A discussĂ£o vai alĂ©m da histĂ³ria, abordando temas contemporĂ¢neos como a guerra Ă s drogas, o encarceramento em massa e a violĂªncia policial nas periferias. Felitte destaca a tragĂ©dia da OperaĂ§Ă£o Escudo, na Baixada Santista, como um exemplo gritante da brutalidade policial.
Ele tambĂ©m adverte sobre o uso polĂtico da violĂªncia policial, destacando que alguns governadores veem nela um capital polĂtico significativo.
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Com um background acadĂªmico sĂ³lido em Direito e uma atuaĂ§Ă£o focada na sociologia do direito, instituições policiais, segurança pĂºblica, direitos humanos e militarismo, Almir Felitte oferece uma perspectiva Ăºnica e crĂtica sobre as questões fundamentais que permeiam o sistema policial brasileiro.
A entrevista promete trazer insights valiosos sobre a interseĂ§Ă£o entre direito, polĂtica e sociedade no Brasil contemporĂ¢neo.
Fotos: fotospĂºblicas