Polo Industrial de Manaus terá que aprender a viver sem subsídios

Neuton Correa

Publicado em: 27/11/2018 às 06:34 | Atualizado em: 27/11/2018 às 06:38

Por Neuton Corrêa, da redação

 

Mantido com renúncias de até 88% do Imposto de Importação (I.I.), 75% do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ); 100% do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI); e 100% do PIS/Pasep e da Confins; além das restrições nas operações do ICMS, o Polo Industrial de Manaus (PIM) terá que se acostumar sem todas essas bolsas.

O recado, não especificamente dirigido à Zona Franca de Manaus, mas a carapuça lhe cabendo perfeitamente, foi dado ontem pelo futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, com representantes dos principais setores da indústria nacional, que respondem por 32% do PIB industrial e 30 milhões de empregos.

O encontro ocorreu, na sede do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no Rio de Janeiro.

Lá, num encontro de duas horas, Paulo Guedes disse:

“Quem está acostumado a ter benefício vai ter que aprender a viver sem”.

A frase foi publicada na manhã desta terça-feira, dia 27, pelo jornal O Globo, e é atribuída ao presidente da Associação Brasileira de Fabricantes de Brinquedos (Abrinq), Synésio Batista, um dos participantes da reunião.

“Ele afirmou que pretende tirar a bola de ferro da indústria para ganhar competitividade, antes de se pensar em abertura comercial. E isso será feito com a reforma tributária”.

De acordo com o jornal, Paulo Guedes também falou como irá funcionar a estrutura do atual Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), ao qual a Suframa está subordinada, e que passou a ser um fator de preocupação para o Amazonas.

Sobre isso, o futuro ministro explicou aos empresários: ele será o interlocutor direto. Leia a reportagem.

 

Foto: Marcello Casal jr/Agência Brasil