Preço dos combustíveis aciona Planalto e Congresso Nacional

Etanol

Aguinaldo Rodrigues

Publicado em: 21/05/2018 às 15:24 | Atualizado em: 21/05/2018 às 15:24

A explosão de preço dos combustíveis com reajuste diário causou efeito no Palácio do Planalto, e o presidente Michel Temer chamou ministros para reunião de emergência ao final da tarde no Palácio do Planalto, informou a Agência Brasil.

O Congresso Nacional sentiu também o choque e uma comissão geral será constituída para acompanhar a escalada de preços nos derivados de petróleo nas bombas.

O ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, disse, em teleconferência captada pela Agência Reuters e publicada no Extra, que não há margem para reduzir impostos dos combustíveis.

A reunião ocorre no momento em que os caminhoneiros deflagraram uma paralisação por tempo indeterminado e que bloqueia rodovias em pelo menos dez estados.

Os caminhoneiros se queixam do reajuste das tarifas do diesel.

EXPLOSÃO PREÇO COMBUSTIVEIS

Caminhoneiros fazem paralisação na BR 101, Niterói-Manilha, na altura de Itaboraí, no Rio de Janeiro
Foto: Tomaz Silva/EBC

 

A reunião, no Palácio do Planalto, está marcada para as 18h.

Foram chamados para participar da conversa com o presidente os ministros Moreira Franco (Minas e Energia), Eduardo Guardia (Fazenda), Eliseu Padilha (Casa Civil), Esteves Colnado (Planejamento) e o secretário da Receita Federal, Jorge Rachid.

Pela manhã, os presidentes do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), e da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), anunciaram a criação, na próxima quarta-feira (23), de uma comissão geral no Congresso que deverá acompanhar os desdobramentos da política de reajuste de preços de combustíveis no país.

Nesta manhã, Guardia disse que o governo examina a redução de tributos incidentes sobre os combustíveis, mas não tem ainda nenhuma decisão sobre o assunto.

Em teleconferência com a imprensa estrangeira, ele afirmou que medidas para reduzir as alterações constantes nos preços estão sendo discutidas, mas destacou que o governo não tem neste momento “flexibilidade fiscal”-  ou seja, não há possibilidade de reduzir impostos.

 

Foto:  Marcelo Camargo/EBC