O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da covid, senador Omar Aziz (PSD-AM), disse ao blog que não pretende acatar o pedido do laboratório Pfizer para que o depoimento do executivo Carlos Murilo, que foi o gerente-geral da empresa no Brasil e hoje ocupa a mesma posição na América Latina, seja por videoconferência.
Nesta semana serão ouvidos na CPI: Antonio Barra Torres, diretor-presidente da Anvisa, na terça-feira (11); Fabio Wajngarten, ex-secretário de Comunicação, na quarta (12); e um representante da Pfizer, na quinta (13).
“Minha intenção é não acatar esse pedido, os depoimentos estão sendo presenciais, eles precisam ser presenciais pela importância para as investigações. Principalmente os da Pfizer, por causa da polêmica sobre a compra dessas vacinas pelo Brasil, precisamos esclarecer isso”, afirmou Omar Aziz.
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Ele lembrou ainda que recusou recentemente um pedido do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello para que seu depoimento fosse por videoconferência.
“Não posso negar ao Pazuello e agora aceitar o pedido da Pfizer”, acrescentou o presidente da CPI da Covid. Segundo o senador, o tema será decidido na reunião da comissão nesta terça-feira (11).
A Pfizer solicitou ainda a dispensa do depoimento da atual gerente-geral da empresa no Brasil, Marta Diez.
Ela não estaria no Brasil e a empresa alega que a executiva assumiu em fevereiro deste ano e não participou das negociações no ano passado com o governo brasileiro.
O governo brasileiro recusou uma proposta da Pfizer para aquisição de 70 milhões de doses de vacina ainda no ano passado. O que é apontado por senadores da CPI como um indicativo da falta de priorização do governo ao processo de vacinação.
Neste ano, o Ministério da Saúde assinou um contrato de compra de 100 milhões de doses e finaliza as negociações de um novo, no mesmo montante.
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