Presidente do Santander vê agenda ambiental forte no pós-pandemia
Cobrança pela adoção da agenda ambiental no mundo dos negócios, especialmente de investidores europeus, será cada vez mais crescente

Publicado em: 30/07/2020 às 11:03 | Atualizado em: 30/07/2020 às 11:03
Ao olhar para trás, o presidente do Santander no Brasil, Sergio Rial, concorda com a crítica de que os bancos foram rigorosos.
As restrições de crédito e elevação dos pedidos por garantias quando a pandemia do novo coronavírus se abateu sobre o país foram lembradas por ele.
“Num primeiro momento, diante do primeiro choque, em março, com a chegada da pandemia com maior intensidade, eu acho que a crítica é válida”, diz Rial.
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E dá as razões: “A indústria financeira, como ocorre com outras empresas, tem a responsabilidade de usar os recursos da forma mais correta. Nossos depositantes esperam que o Santander, como qualquer outra instituição, adote os melhores níveis de governança”.
Dito isso, ele afirma acreditar que, tirando problemas pontuais, esse momento já passou e novas linhas atendem pequenas e médias empresas.
Rial também vê certa transitoriedade no trabalho remoto.
Até concorda que haverá uma reestruturação na organização do trabalho no pós-covid-19, mas não identifica, como alguns pregam, o colapso dos escritórios.
“Tem coisa que você não faz em conferência pelo Zoom. Precisa de troca de emoção”, afirma.
Mas há uma mudança que, segundo ele, não tem volta: a crescente cobrança pela adoção da agenda ambiental no mundo dos negócios, especialmente de investidores europeus.
“A Europa é um continente velho e rico. O dinheiro se acumulou durante anos, mas o propósito não é sempre o maior retorno no curto prazo, mas o melhor retorno com sustentabilidade ambiental”, afirma.
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Foto: Divulgação