PRF prepara operação para prender líderes dos protestos golpistas
O núcleo de inteligência da PRF já trabalha na identificação e no levantamento de possíveis lideranças e que em breve mandados de prisão devem ser expedidos.

Diamantino Junior
Publicado em: 24/11/2022 às 10:17 | Atualizado em: 24/11/2022 às 10:17
O coordenador de comunicação da PRF (Polícia Rodoviária Federal) Cristiano Vasconcellos afirmou nesta quarta-feira (23/11), durante entrevista ao UOL News, que a corporação planeja operações para prender líderes golpistas que fecham estradas em todo o país desde o final do segundo turno das eleições no dia 30 de outubro.
Em contato com o UOL após o programa, ele informou que a operação ainda está “em planejamento” e disse que não há confirmação sobre os estados em que a ação será realizada.
Também ao UOL, o diretor-executivo da PRF, Marco Antônio Territo de Barros, afirmou que, “por questão estratégica”, a corporação só “poderá falar depois que desencadear” a operação.
Durante o UOL News, Vasconcellos afirmou que o núcleo de inteligência da PRF já trabalha na identificação e no levantamento de possíveis lideranças e que em breve mandados de prisão devem ser expedidos.
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“Nas próximas horas, vamos deflagrar uma grande operação para prender alguns líderes junto com a Polícia Judiciária”, disse.
“No Mato Grosso, nesta segunda etapa de manifestação que foi de sexta-feira (18) para cá, já identificamos mais de 50 pessoas que de alguma forma estão contribuindo para as manifestações como liderança, com dinheiro, infraestrutura ou pneus. E isso tudo está sendo encaminhado para as polícias judiciárias para posteriormente termos os mandados e efetuarmos as prisões”, completou.
“Ele [Bolsonaro] está entrincheirado, recluso lá, mas ainda ditando os passos dessa escalada [golpista], dessa estratégia e desse jogo para continuar tensionando o Brasil e botando os apoiadores dele na rua”, disse o colunista do UOL Alberto Bombig sobre a possível participação do presidente Jair Bolsonaro (PL) no relatório golpista que pede a invalidação de parte dos votos das últimas eleições.
“Uma pena que ele esteja interessado nisso [escalada golpista] e não em pelo menos deixar um final de governo em que pudesse sair minimamente de cabeça erguida. Ele não está interessado em deixar uma boa impressão”, completou.
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