PSL entra com ação no STF para anular fundo de campanha

Aguinaldo Rodrigues

Publicado em: 17/10/2017 às 19:03 | Atualizado em: 17/10/2017 às 19:04

O Partido Social Liberal (PSL) apresentou ação ao Supremo Tribunal Federal (STF) para derrubar a criação do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC), aprovado neste mês no Congresso para turbinar o caixa dos partidos para a disputa eleitoral do ano que vem.

O fundo deve destinar cerca de R$ 1,7 bilhão de recursos públicos para os políticos gastarem em propagandas, comícios e viagens para captarem votos.

Na ação protocolada no STF, o PSL diz que o dinheiro deixará de ser aplicado em saúde, educação, habitação e saneamento básico nos estados, já que será retirado das emendas parlamentares, verbas do Orçamento que deputados e senadores têm direito de indicar para suas regiões.

O partido também diz que o fundo deveria ter sido criado por meio de uma emenda à Constituição e não por projeto de lei comum.

“A veemente desaprovação da sociedade brasileira e a pressão que seria feita junto aos parlamentares possivelmente inviabilizariam a aprovação de uma emenda constitucional para criar o FEFC. Daí a necessidade, do ponto de vista dos parlamentares, de criar o FEFC por meio de lei ordinária, ainda que em prejuízo da saúde, da educação, da habitação e do saneamento básico nos Estados federados e no Distrito Federal, contemplados em regra pelas emendas de bancadas estaduais de execução obrigatória”, diz a ação.

A ação foi distribuída por sorteio para análise da ministra Rosa Weber (foto).

Como relatora, caberá a ela também analisar um pedido do partido para derrubar o fundo eleitoral por meio de liminar, decisão provisória que pode ser concedida de maneira individual, mais rápida e sem consulta às partes.

Fonte: G1

 

Foto: Rosinei Coutinho/STF