Rastro de desigualdade no PaĂs cresce no Norte e Nordeste, aponta FGV
Um estudo de pesquisadores da FundaĂ§Ă£o Getulio Vargas (FGV) aponta que a distĂ¢ncia entre as regiões brasileiras aumentou nos Ăºltimos cinco anos

Publicado em: 26/12/2019 Ă s 08:28 | Atualizado em: 26/12/2019 Ă s 08:32
A recessĂ£o que assolou o Brasil entre 2014 e 2016 deixou no seu rastro um aumento da desigualdade que o PaĂs ainda estĂ¡ longe de conseguir mitigar. E esse fenĂ´meno da desigualdade atingiu ainda de forma mais forte as regiões menos desenvolvidas.
Um estudo de pesquisadores da FundaĂ§Ă£o Getulio Vargas (FGV) aponta que a distĂ¢ncia entre as regiões brasileiras aumentou nos Ăºltimos cinco anos, como consequĂªncia da recessĂ£o: enquanto a desigualdade da renda do trabalho cresceu quase 5% no Nordeste e no Norte, nas demais regiões, ela cresceu na casa dos 3%, pelo coeficiente de Gini.
Desde a crise, a parte mais rica dos brasileiros se distancia cada vez mais da parcela mais pobre. No começo deste ano, a renda da metade mais pobre caiu cerca de 18%, e o 1% mais rico teve quase 10% de alta no poder de compra, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e EstatĂstica (IBGE).
O EstadĂ£o publica nesta quinta-feira, dia 26, reportagem especial sobre o tema em que ouviu vĂtimas da recessĂ£o, como o operĂ¡rio experiente que hoje ganha, num dia de sorte, R$ 50 por dia catando 130 quilos de material.
O jornal tambĂ©m entrevistou personalidades como o economista, Ricardo Paes de Barros, que indicou que o “Bolsa FamĂlia deve ser revisto e ampliado”.Â
Arminio Fraga, ex-presidente do Banco Central, diz que “nĂ£o Ă© justo governar sĂ³ para para os que estĂ£o na economia formal”.Â
O presidente da Insper, Marcos Lisboa, afirmou que os “mais pobres estĂ£o colhendo o que foi plantado antes da recessĂ£o.”
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Foto: DivulgaĂ§Ă£o/IBGE