Registros de crimes de queimadas e desmate caem 23% na AmazĂ´nia

Publicado em: 14/09/2019 Ă s 19:55 | Atualizado em: 14/09/2019 Ă s 19:55
Fiscais do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais RenovĂ¡veis (Ibama) aplicaram neste ano 23% menos advertĂªncias e multas por crimes contra a flora na AmazĂ´nia Legal. As informações sĂ£o do Portal G1.
Flora Ă© o conjunto de plantas de uma determinada regiĂ£o. IncĂªndios provocados pela aĂ§Ă£o humana ou desmatamento sĂ£o crimes contra a flora, bem como a extraĂ§Ă£o de madeira ilegal.
A queda foi verificada no perĂodo entre janeiro e agosto na comparaĂ§Ă£o com o mesmo perĂodo de 2018.
Nos primeiros oito meses deste ano, queimadas e alertas de desmatamento tiveram altas expressivas.
Os dados sĂ£o de um levantamento feito pelo G1 com base em informações do portal “Dados Abertos do Ibama”.
Os dados analisados consideram os nove estados que fazem parte da AmazĂ´nia Legal (Acre, AmapĂ¡, Amazonas, MaranhĂ£o, Mato Grosso, ParĂ¡, RondĂ´nia, Roraima e Tocantins).
Fiscalizações
O Ibama realiza fiscalizações a partir de denĂºncias, de determinações do Plano Nacional Anual de ProteĂ§Ă£o Ambiental (Pnapa) ou de alertas emitidos pelos sistemas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Este ano, o Ă³rgĂ£o fez 22% menos fiscalizações do que o previsto, segundo o jornal O Globo.
Essas fiscalizações podem resultar em autuações e embargos. As autuações, alĂ©m de detalhar a irregularidade, determinam dois tipos possĂveis de sanções: advertĂªncias ou multas.
Nos embargos, os fiscais suspendem uma obra ou uma atividade realizada de forma irregular. A terra embargada nĂ£o pode ser utilizada atĂ© que o caso seja julgado na Justiça.
Segundo O G1, foi apontada, por meio de depoimentos de servidores do Ibama, que falaram sob anonimato, uma relaĂ§Ă£o entre a queda no desempenho da fiscalizaĂ§Ă£o e o aumento das prĂ¡ticas ilegais.
Os servidores culpam o enfraquecimento do Ă³rgĂ£o dentro da atual gestĂ£o, eles afirmam que a fiscalizaĂ§Ă£o nos municĂpios prioritĂ¡rios “estĂ¡ paralisada” e que as autuações e os embargos nĂ£o sĂ£o levados a sĂ©rio pelos fiscalizados.
Leia matéria completa no G1.
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Foto: Bruno Kelly/ Reuters