Relatório do Coaf foi base da operação contra Ricardo Salles
Ricardo Salles diz que ainda não leu o documento, mas já recebeu questionamentos de jornalistas que dizem ter lido o relatório vazado
Mariane Veiga
Publicado em: 22/05/2021 às 16:49 | Atualizado em: 22/05/2021 às 17:46
Vazou o relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) que embasou a operação Akuanduba. O principal alvo da investigação foi o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles.
Parte da mídia já teve acesso ao processo. Salles diz que ainda não leu o documento, mas já recebeu questionamentos de jornalistas que dizem ter lido o relatório vazado.
A origem do vazamento, segundo publicação do Poder360, foi uma ala da Polícia Federal que se opõe ao governo do presidente Jair Bolsonaro. No entanto, a lei proíbe a divulgação dos dados do Coaf.
Não é a primeira vez que informações sigilosas do conselho são vazadas. Em fevereiro de 2015, o Coaf deixou que dados da investigação sobre o caso SwissLeaks fossem publicados por parte da mídia.
O relatório que levou à operação Akuanduba aponta que Salles teria realizado movimentações financeiras consideradas suspeitas (não descritas), por meio de um escritório de advocacia que tem em sociedade com a mãe.
Houve busca e apreensão em endereços relacionados ao ministro a pedido da PF e com autorização do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), mas sem que a Procuradoria Geral da República tivesse sido consultada.
“Não há como se defender de algo que não se conhece. Se indicarem quais são as tais operações suspeitas, tenho todo interesse em esclarecer imediatamente. Talvez não as indiquem porque simplesmente não existem”, disse o ministro.
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Foto: BNC Amazonas