Renan critica quem defende voto aberto à presidência do Senado

Publicado em: 02/02/2019 às 13:56 | Atualizado em: 02/02/2019 às 13:56

 O senador Renan Calheiros (MDB-AL) não abre mão do voto secreto que seria favorável a ele na eleição para presidente do Senado a ser realizada neste sábado (2) no plenário da Casa. As informações são da Agência Brasil.

“Eleição tem como princípio universal o voto secreto. Não há eleição sem voto secreto. Caso contrário, teríamos uma pressão deletéria da mídia, dos poderes econômico, político e judicial”, comentou o senador, defendendo que a decisão do ministro Dias Toffoli deve ser cumprida, pois, segundo ele, “decisão judicial não se discute. Cumpre-se”.

Até o momento retiraram candidatura os senadores Alvaro Dias (Pode-PR), Major Olímpio (PSL-SP) e Simone Tebet (MDB-MT).

Além de Renan, se registraram candidatos Ângelo Coronel (PSD-BA), Davi Alcolumbre (DEM-AP), Fernando Collor (Pros-AL), Reguffe (sem partido-DF) e Espiridião Amin (PP-SC).

 

Contraponto

O senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), um dos que se opõe à candidatura de Renan Calheiros, classificou como “absurda” a decisão do ministro Dias Toffoli.

“O pedido de anulação da votação pelo voto aberto foi impetrado à 1h da manhã. Uma estranha liminar foi concedida as 3h45. Não há tempo hábil [para análise do pedido]”, disse Rodrigues, defendendo que a decisão do ministro do STF seja cumprida “por mais esdrúxula e absurda que ela seja”.

“Vamos cumprir a decisão judicial, mas tem que ser garantido aos senadores que quiserem a faculdade de apresentarem seu voto”, acrescentou Rodrigues.

Além da crítica ao voto fechado, Randolfe confirmou que o grupo que se opõe à candidatura de Calheiros (na foto, à direita, garimpando votos) ainda tenta construir uma candidatura única capaz de derrotar o senador alagoano.

“Vamos tentar construí-la. Acho que, hoje, o senador Davi Alcolumbre (DEM-AP) está melhor localizado entre os colegas.

Já o senador Jorge Maranhão, que preside a sessão que acontece hoje, por ser o mais idoso da Casa, disse que os senadores que recorreram ao STF fizeram valer um direito.

“Quem tem o direito vai à Justiça. Quem não tem, aceita a decisão.”

 

Foto: Fabio Pozzebom/ABr