SalĂ¡rio mĂ­nimo fica sem ganho real nos quatro anos de Bolsonaro

Quando foi presidente, Lula iniciou uma polĂ­tica de concessĂ£o de aumentos no salĂ¡rio mĂ­nimo acima da inflaĂ§Ă£o

SalĂ¡rio mĂ­nimo fica sem ganho real nos quatro anos de Bolsonaro

Publicado em: 09/08/2022 Ă s 09:34 | Atualizado em: 09/08/2022 Ă s 09:34

O salĂ¡rio mĂ­nimo fica sem um ganho real nos Ăºltimos quatro anos do presidente Jair Bolsonaro (PL). Conforme proposta governamental deve aumentar para R$ 1.303 em 2023.

A princĂ­pio, a Ăºltima vez que o piso nacional teve um reajuste acima da inflaĂ§Ă£o foi no inĂ­cio de 2019, quando Bolsonaro seguiu a lei aprovada ainda no governo Dilma Rousseff (PT).

Por conseguinte, a vigĂªncia dessa polĂ­tica terminou justamente em 2019. Como informa o NotĂ­cias ao Minuto.

Agora, a nova previsĂ£o para o salĂ¡rio mĂ­nimo constarĂ¡ no envio da proposta de Orçamento para o ano que vem.

Como resultado, a cifra Ă© R$ 90 acima do piso atual, fixado em R$ 1.212.

Contudo, o valor efetivo do salĂ¡rio mĂ­nimo em 2023 sĂ³ serĂ¡ conhecido no fim do ano. AtĂ© lĂ¡, as previsões de inflaĂ§Ă£o podem oscilar para cima ou para baixo.

AlĂ©m disso, neste ano, por exemplo, o salĂ¡rio mĂ­nimo deveria ser de R$ 1.212,70 –ou R$ 1.213 com o arredondamento habitual.

Mas o governo tinha uma previsĂ£o menor e acabou fixando o piso em R$ 1.212, um real abaixo do necessĂ¡rio.

Leia mais

Bolsonaro assina LDO, e salĂ¡rio mĂ­nimo 2022 nĂ£o terĂ¡ ganho real

Ganhos reais

A publicaĂ§Ă£o destaca que o lĂ­der nas pesquisas de intenĂ§Ă£o de voto, o ex-presidente Luiz InĂ¡cio Lula da Silva (PT) tem prometido retomar a polĂ­tica de valorizaĂ§Ă£o. Isso com ganhos reais para os trabalhadores.

Por exemplo, quando foi presidente, Lula iniciou uma polĂ­tica de concessĂ£o de aumentos no salĂ¡rio mĂ­nimo acima da inflaĂ§Ă£o.

Da mesma forma, sua sucessora, Dilma Rousseff, formalizou a prĂ¡tica com uma fĂ³rmula que vigorou entre 2011 e 2019.

Ou seja, reajuste pelo INPC mais o crescimento real do PIB de dois anos antes.

JĂ¡ o governo Bolsonaro, por meio da equipe do ministro Paulo Guedes (Economia), optou nos Ăºltimos anos por descontinuar essa polĂ­tica.

Sobretudo, devido ao efeito cascata do reajuste do salĂ¡rio mĂ­nimo sobre outras despesas pĂºblicas.

Dessa maneira, em maio deste ano, o valor atual de R$ 1.212 foi aprovado pelo Congresso sob críticas até mesmo de parlamentares governistas.

Leia mais no NotĂ­cias ao Minuto.

Foto: Marcello Casal/AgĂªncia Brasil