O Ministério da Saúde anunciou, nesta quinta-feira (20), que um lote com 4 milhões de doses da vacina de Oxford/AstraZeneca contra a covid (coronavírus) foi antecipado e, por isso, será enviado ao Brasil em junho.
O lote estava previsto para chegar ao país no terceiro trimestre (até setembro) do ano através do consórcio Covax Facility.
O anúncio foi feito pelo ministro Marcelo Queiroga no início da noite desta quinta-feira (20), por meio do ministério.
O adiantamento é resultado de um diálogo constante e negociação permanente com a Opas, entidade que representa a Organização Mundial da Saúde (OMS) nas Américas.
Acompanhado do governador do estado de Goiás, Ronaldo Caiado – com quem se reuniu para tratar da possibilidade da ampliação do parque industrial da produção de vacinas covid – o ministro afirmou que o Brasil vai bater recorde de distribuição neste mês de maio com mais de 30 milhões de doses.
“Esse é mais um dos esforços que temos realizado diuturnamente para dar as respostas que a sociedade brasileira nos pede”, destacou Queiroga.
“Estamos conseguindo recuperar essas doses, que deveriam ter chegado no início do ano, mas entendemos que essa é uma dificuldade global”, pontuou.
Centro de produção
Nesta sexta-feira (21), o ministro fará uma visita a um complexo de produção de insumos veterinários no município de Cravinhos (SP), acompanhado da ministra da Secretaria de Governo, Flávia Arruda, e de técnicos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
“Se houver segurança sanitária e possibilidade de usarmos as indústrias veterinárias para a produção de vacinas Covid-19, o Brasil vai assumir sua condição de líder global, não só para imunizar a população, mas para ajudar outros países, sobretudo nossos vizinhos”, finalizou.
Mais entrega
Com a nova remessa, o Brasil terá recebido mais de 9 milhões de doses de vacinas da AstraZeneca/Oxford pelo consórcio global desde março.
Além disso, a Covax Facility já separou para o país outras 842,4 mil doses da Pfizer/BioNTech.
No total, o contrato do governo federal com a aliança prevê 42,5 milhões de doses de vacinas covid até o fim de 2021.
Foto: Myke Sena/MS