Se CPI do MEC cair, senadores já tem plano B
A ideia dos parlamentares é de uma espécie de "mini-CPI"

Ferreira Gabriel
Publicado em: 11/04/2022 às 11:50 | Atualizado em: 11/04/2022 às 11:50
A retirada de três assinaturas do requerimento de criação da CPI do MEC levou senadores que defendem a investigação dos supostos desvios no Ministério da Educação a trabalhar com um “plano B”: transferir a apuração para a Comissão de Educação, permanente e em funcionamento.
A ideia, segundo esses parlamentares, é centrar a agenda do colegiado nos depoimentos de supostos envolvidos nas denúncias – na prática, seria uma espécie de “mini-CPI”.
Até sexta-feira (8), o pedido de instalação da CPI contava com 27 apoios – exatamente o mínimo necessário para validar o documento. Ao longo do fim de semana, retiraram as assinaturas os senadores Weverton Rocha (PDT-MA), Oriovisto Guimarães (Podemos-PR) e Styvenson Valentim (Podemos-AC).
Na última semana, o presidente do Fundo Nacional para o Desenvolvimento da Educação, Marcelo Lopes da Ponte, foi ouvido pela comissão e confirmou ter participado de quatro reuniões com os pastores apontados como pivô do suposto esquema.
Os senadores que pensam nesse plano B reconhecem que uma comissão permanente tem “poder de fogo” menor que uma CPI – não pode, por exemplo, obrigar o comparecimento de testemunhas que não sejam ministros ou autoridades do Executivo federal.
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Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado