Sem saber lidar com críticas, Bolsonaro sugere Petrobrás nas mãos de Mourão
Jair Bolsonaro disse que se pudesse passaria a estatal para o vice-presidente Hamilton Mourão

Mariane Veiga
Publicado em: 11/10/2021 às 17:16 | Atualizado em: 12/10/2021 às 05:57
Em viagem no Guarujá, litoral paulista, o presidente Jair Bolsonaro conversou com apoiadores e disse que “se pudesse” passaria o comando da Petrobrás para o seu vice, Hamilton Mourão.
Bolsonaro reclamou das críticas que sofre em relação ao preço dos combustíveis, mas segue afirmando que não interfere na política da Petrobrás.
“O dólar está diretamente ligado ao preço do combustível por lei. Eu não mando na Petrobrás. Eu quero… Se eu pudesse eu passava a Petrobrás para o Mourão administrar, ‘olha, se aumentar combustível quem manda é o Mourão’”, disse.
Bolsonaro afirmou ainda que não vai “congelar os preços na canetada”, e que sua responsabilidade passa apenas por indicar o presidente da estatal.
Em fevereiro, ele indicou o general Joaquim Silva e Luna para o comando da petroleira.
“Eu indico o presidente [da Petrobras], mas eu não posso segurar preços de combustíveis. Ou melhor, o presidente não pode segurar. Ele responde civil e criminalmente”, disse.
No entanto, o presidente não nega que os preços estão elevados e voltou a sugerir a criação de um fundo para compensar altas repentinas no preço dos combustíveis e do gás de cozinha.
De acordo com Bolsonaro, “não temos um fundo compensador para a variante do preço do combustível e todo mundo paga essa conta. Eu não posso rasgar contratos”.
Ainda conforme o presidente, Arthur Lira, presidente da Câmara dos Deputados, tem um projeto nesse sentido para regulamentar uma emenda constitucional de 2001.
“Parece que não teremos sucesso”, disse Bolsonaro sobre uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que tramita no Congresso para mudar o regime de cobrança do ICMS.
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