Senador recorre contra ministro do STF que negou investigar Bolsonaro
O caso em questĂ£o envolve a compra de imĂ³veis com dinheiro vivo pelo clĂ£ Bolsonaro

Publicado em: 26/09/2022 Ă s 15:58 | Atualizado em: 26/09/2022 Ă s 15:58
O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) recorreu da decisĂ£o do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) AndrĂ© Mendonça que negou investigar operações imobiliĂ¡rias do presidente Jair Bolsonaro (PL) e sua famĂlia. Randolfe integra a campanha Ă PresidĂªncia do ex-presidente Luiz InĂ¡cio Lula da Silva (PT).
No pedido anterior feito pelo parlamentar, Randolfe pediu a tomada de depoimentos, bloqueio de contas e apreensĂ£o de celulares e computadores para perĂcia com base em reportagens do UOL, mas Mendonça negou esse pedido. Os textos apontaram uso de dinheiro vivo na compra de 51 dos 107 imĂ³veis comprados ao longo de trinta anos por Bolsonaro e seus parentes.
“Tal medida acautelatĂ³ria Ă©, por pressuposto, urgente, na medida em que hĂ¡ real risco de iminente apagamento de todos os dados que porventura impliquem o Presidente da RepĂºblica em atos criminosos”, afirmou Randolfe no pedido para que Mendonça reconsidere sua decisĂ£o.
Caso o ministro do STF negue esse recurso, o senador pede que o caso seja enviado para julgamento no plenĂ¡rio virtual da Corte, para que os demais ministros avaliem a decisĂ£o de Mendonça.
“Afinal, se o Presidente da RepĂºblica interfere na gestĂ£o de patrimĂ´nio pĂºblico, que Ă© de todos os brasileiros e usado exclusivamente em seu prol, Ă© direito de todos os brasileiros conhecer os fatos”, disse o senador Randolfe Rodrigues.
Pedido foi feito sem provas, disse Mendonça
Na decisĂ£o do Ăºltimo sĂ¡bado (24) que negou o pedido de investigaĂ§Ă£o protocolado por Randolfe, Mendonça argumentou que as imputações apresentadas pelo senador foram extraĂdas apenas de reportagens “sem que tenham sido apresentados indĂcios ou meios de prova minimamente aceitĂ¡veis que corroborem as informações contidas na referida matĂ©ria jornalĂstica”.
O ministro ainda disse que as reportagens eram “ilações”. “Um conjunto de ilações e conjecturas de quem produziu a matĂ©ria, o que a posiciona melhor na categoria de mera opiniĂ£o/insinuaĂ§Ă£o do que descritiva de qualquer ilicitude, em termos objetivos”.
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Foto: Jefferson Rudy/AgĂªncia Senado