O cerco está se fechando e as operadoras de TV Claro, OI, SKY e NET estão sofrendo uma pressão cada vez maior dos consumidores depois do desligamento dos canais da Simba Content (Record TV, RedeTV! e SBT).
Os clientes tentam de todas as maneiras conseguir um desconto nos pacotes ou inserção de novos canais. E as entidades de defesa do consumidor já estão mobilizadas para ajudar a garantir esses direitos.
A Proteste, uma entidade independente que milita na proteção do consumidor desde 2001 e tem mais de 250 mil associados, recebeu diversas reclamações de clientes que queriam desconto ou reposição com outros canais.
A entidade fez diversas notificações extrajudiciais às operadoras e não obteve resposta satisfatória até o momento da Claro, OI, SKY e NET .
A atitude das operadoras é no mínimo absurda, já que a audiência da Simba corresponde a 20% do total da TV paga e seus canais eram assistidos regularmente em 36% dos lares.
Seria justo e correto que a correção dos valores fosse efetuada. Além da Proteste, o Instituto Nacional de Defesa do Consumidor (Inadec) endossou a denúncia.
Outras entidades já estão preparadas para fazer o mesmo movimento e encorpar a denúncia junto à Anatel e o imbróglio que parecia que estava longe de ter um final feliz, diante da inércia das grandes operadoras que só pensam no próprio bolso, pode ter um final feliz.
Desde 30 de março, com o fim do sinal analógico, os três canais deixaram de ser transmitidos na maioria das operadoras de TV por assinatura.
A situação já foi apontada por diversas matérias publicadas no Portal iG e agora começa a ser cobrada também pela Justiça.
Reembolso
A Vara do Juizado Especial Cível do Foro Regional de Itaquera, em São Paulo, determinou que a Net terá que conceder descontos a uma de suas clientes por ter cortado os sinais do SBT, Record e RedeTV! dos pacotes assinados da operadora.
A NET também vai ser obrigada a ressarcir ao cliente pelo valor que ele já havia efetuado em todos os meses anteriores, o corte aconteceu no final de março em toda Grande São Paulo.
As faturas devem chegar com um desconto de 7,50 reais por mês (o valor é de 2,50 por cada canal que não é mais transmitido em sua grade).
O juiz do caso, Eduardo Francisco Marcondes disse que a cliente pagava um valor fechado por seu pacote de TV paga que incluía a transmissão dos três canais, mas que, com o corte, houve um “desequilíbrio na relação contratual. Como houve “redução do serviço prestado, tem a parte autora (a cliente) direito à redução proporcional do preço respectivo”, finalizou.
Fonte: Último Segundo/IG
Foto: Reprodução/Simba