Soldados de Maduro abrem fogos contra manifestantes indĂ­genas

Publicado em: 22/02/2019 Ă s 17:53 | Atualizado em: 22/02/2019 Ă s 17:54

Soldados da Guarda Nacional venezuelanos abriram fogo, nesta sexta-feira (22), contra indĂ­genas famintos em manifestaĂ§Ă£o a favor da entrada da ajuda humanitĂ¡ria no paĂ­s.

O presidente interino Juan GuaidĂ³ anunciou que confrontos com forças de segurança do ditador NicolĂ¡s Maduro deixaram uma pessoa morta e outras 12 feridas na fronteira entre Brasil e Venezuela, fechada desde ontem (21) por ordem de Maduro. Mas hĂ¡ tambĂ©m a versĂ£o de que duas pessoas morreram ataque.

A regiĂ£o de Santa Elena do UairĂ©n, do lado venezuelano, teve o efetivo militar reforçado. As informações estĂ£o na AgĂªncia Brasil.

O dia começou tenso e com confrontos entre militares e manifestantes na fronteira do Brasil com a Venezuela, que foi fechada por ordem do presidente venezuelano, NicolĂ¡s Maduro.

De acordo com parlamentares, duas pessoas morreram e 15 ficaram feridas (na foto, outra frente de manifestaĂ§Ă£o contra barreiras Ă  entrada de alimento no paĂ­s).

Pelo menos sete venezuelanos baleados foram conduzidos para hospitais em Boa Vista, Roraima.

As vĂ­timas sĂ£o indĂ­genas, segundo parlamentares e organizações nĂ£o governamentais.

O conflito, segundo relatos, ocorreu a 60 quilĂ´metros da fronteira onde hĂ¡ uma comunidade indĂ­gena da etnia Pemon, favorĂ¡vel Ă  ajuda humanitĂ¡ria internacional. Como os indĂ­genas tentaram desobstruir a via, impedida pelos militares venezuelanos, os confrontos começaram.

A Secretaria de SaĂºde de Roraima informou que os cinco feridos foram baleados e transportados em ambulĂ¢ncias venezuelanas autorizadas a cruzar a fronteira.

Eles estĂ£o sob observaĂ§Ă£o mĂ©dica no Hospital Geral de Roraima.

Segundo a secretaria, cinco pacientes tiveram de passar pelo centro cirĂºrgico.

Os demais venezuelanos foram atendidos no setor do Grande Traumas e permanecem em observaĂ§Ă£o.

 

Foto: AgĂªncia Brasil/Ricardo Moraes/Reuters