Sotero ‘caçou’ Wilson no Porão, afirma perito Ricardo Molina

Publicado em: 28/10/2019 às 13:02 | Atualizado em: 14/11/2019 às 13:00
por Israel Conte, da redação
O perito criminal, Ricardo Molina, afirmou que o delegado da Polícia Civil, Gustavo Sotero, não agiu em legítima defesa ao matar o advogado Wilson Justo, e que caçou a vítima para dar mais tiros.
O crime aconteceu no dia 25 de novembro de 2017, na boate Porão do Alemão, e foi registrado pelas câmeras de segurança.
“Não há nenhuma caracterização de legítima defesa. Houve o soco, é claro. Mas a reação é despropositada. […] Ele continuou caçando o Wilson depois do quinto tiro”, afirmou Molina, em entrevista à imprensa, nesta segunda-feira, dia 28, na sede da Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Amazonas (OAB-AM).
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Defesa
Ontem, a defesa de Sotero divulgou um vídeo em 3D em que sustenta a alegação de que seu cliente agiu em legítima defesa após ter levado um soco.
Molina descontroi essa tese. “Wilson não ataca o Sotero. Ele corre do Sotero para se esconder atrás da mureta. O Sotero recua e dá mais dois tiros. Ele continua caçando o Wilson depois do quinto tiro”, afirma.
O renomado perito é assistente técnico da acusação do caso que vai a júri popular amanhã.
Crime
Os tiros disparados pela pistola .40 do delegado mataram naquela madrugada o advogado Wilson Justo e feriram Fabíola Rodrigues Pinto de Oliveira (esposa de Wilson) e os amigos destes, Maurício Carvalho Rocha e Iuri José Paiva Dácio de Souza.
Foto: Reprodução