STF autoriza primeiras diligĂªncias da delaĂ§Ă£o da Odebrecht

Publicado em: 17/01/2017 Ă s 19:33 | Atualizado em: 17/01/2017 Ă s 19:33

Começaram hoje, dia 17, as primeiras diligĂªncias da operaĂ§Ă£o Lava Jato sobre a delaĂ§Ă£o da construtora Odebrecht, com autorizaĂ§Ă£o do ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Ele despachou em pelo menos dez dos 77 documentos que chegaram ao Supremo em dezembro do ano passado. O conteĂºdo das decisões nĂ£o foi divulgado.

As diligĂªncias fazem parte do processo de homologaĂ§Ă£o dos acordos. Durante o perĂ­odo de anĂ¡lise, o ministro pode marcar audiĂªncias para que juĂ­zes auxiliares ouçam os delatores e confirmar as acusações ou determinar pedidos de ajustes nos acordos assinados com os investigadores da  Lava Jato.

A previsĂ£o Ă© que a decisĂ£o final sobre a aceitaĂ§Ă£o do acordo seja assinada em fevereiro, quando a corte retorna aos trabalhos, apĂ³s o recesso do inĂ­cio do ano.

O ministro poderĂ¡ recusar a homologaĂ§Ă£o se entender que os depoimentos nĂ£o estĂ£o de acordo com a Lei 12.850/2013, que normatiza as colaborações premiadas.

No dia 19 de dezembro do ano passado, o procurador-geral da RepĂºblica, Rodrigo Janot, enviou ao Supremo os acordos de delaĂ§Ă£o premiada de 77 executivos da empreiteira Odebrecht, firmados com a força-tarefa de investigadores do MinistĂ©rio PĂºblico Federal (MPF) na operaĂ§Ă£o Lava Jato.

Os documentos estĂ£o sob sigilo e foram guardados em uma sala-cofre.

Entre os depoimentos dos delatores, figura o do empresĂ¡rio Marcelo Odebrecht, condenado pelo juiz federal SĂ©rgio Moro a 19 anos e quatro meses de prisĂ£o por crimes de corrupĂ§Ă£o passiva, associaĂ§Ă£o criminosa e lavagem de dinheiro na Lava Jato.

Nos depoimentos, o empreiteiro citou nomes de polĂ­ticos para quem ele fez doações de campanha, que teriam origem ilĂ­cita. Os detalhes sĂ£o mantidos em segredo de Justiça para nĂ£o atrapalhar as investigações.

 

Foto: JosĂ© Cruz/AgĂªncia Brasil