Subprocuradora diz que houve “franca negociata” de Helder Barbalho

O documento da Procuradoria-Geral da República foi importante para ministro do STJ autorizar a operação "Para Bellum".

MP paraense pede afastamento de Helder Barbalho por improbidade

Aguinaldo Rodrigues

Publicado em: 11/06/2020 às 18:15 | Atualizado em: 11/06/2020 às 18:20

A subprocuradora-geral da República Lindôra Maria Araújo não tem dúvida e que houve negociata na compra de respiradores no Pará.

Assim, ela escreveu na representação enviada ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) para deflagrar a operação “Para Bellum”, na quarta (10).

De acordo com o Jornal de Brasília, Lindôra escreveu: “É induvidoso que ocorreu uma franca negociata” entre o governador do Pará Helder Barbalho e André Felipe de Oliveira da Silva”.

André é o responsável pela empresa que firmou contrato de R$ 50,4 milhões para fornecimento dos respiradores ao estado.

Segundo Lindôra, ilegalidades e fraudes praticadas pelo chefe do Executivo paraense foram “ratificadas por meio de uma sequência de atos destinados à montagem fraudulenta de procedimento de dispensa de licitação”. 

O documento da Procuradoria-Geral da República, no entanto, foi importante para a deflagração da operação.

Dessa forma, o ministro Francisco Falcão autorizou a realização de 23 buscas em sete estados.

 

Buscas a suspeitos

Entre os alvos dos mandados de busca e apreensão, portanto, estava a casa de Helder Barbalho (foto). Na mesma ação, a casa do secretário de Saúde, Alberto Beltrame.

Beltrame é também presidente do Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Saúde (Conass).

Outro alvo das buscas estava o Palácio dos Despachos, sede do Executivo estadual. Além do palácio, as Secretarias de Saúde, Fazenda e Casa Civil.

Falcão determinou ainda o bloqueio de R$ 25 milhões de Helder e outros sete investigados. 

Segundo a revista Época, Barbalho ainda tentou barrar investigações da comora de respiradores.

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Foto: Fotos Públicas