O ex-governador do Rio Grande do Sul Tarso Genro disse à Veja que é equívoco o PT lançar candidaturas próprias na maior parte das capitais e cidades estratégicas do Brasil sem ouvir aliados.
Genro (na foto com Lula ) se referiu à determinação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva que quer usar as eleições municipais deste ano para recuperar o capital eleitoral do partido antes do pleito presidencial de 2022.
A estratégia, no entanto, soa como um equívoco para o ex-governador gaúcho.
Em entrevista à Veja, Genro disse que “essa não é a melhor visão para os tempos que estamos vivendo”, após a ascensão de Jair Bolsonaro à Presidência da República.
O ex-ministro de Lula afirma que está em “posição minoritária” no PT por defender que a formação de alianças deveria se pautar pelo conteúdo programático, e não pela escolha dos nomes dos candidatos ou das siglas às quais eles pertencem.
Genro passou os últimos dois anos articulando negociações para que o PT apoiasse as candidaturas de Marcelo Freixo (Psol) à prefeitura do Rio de Janeiro e de Manuela D’Ávila (PCdoB) em Porto Alegre.
Nos bastidores, segundo a revista , Lula fez correr que a parceria só será consumada se os partidos se aliarem ao PT em São Paulo com a retirada de suas pré-candidaturas. “Se fizerem isso, será um erro burocrático brutal. Mais um”, critica Genro.
Leia a entrevista de Genro na Veja
Foto: Ricardo Stuckert Filho/Instituto Lula