De acordo com o que se comentava nos corredores de Brasília, o presidente Michel Temer estava preocupado com eventual prisão do ex-deputado Rodrigo Rocha Loures, fato que aconteceu neste sábado, 3.
Loures foi flagrado em março recebendo uma mala com R$ 500 mil em São Paulo. Segundo delações de executivos da JBS no âmbito da Operação Lava Jato, seria dinheiro de propina.
A Polícia Federal (PF) confirmou à Agência Brasil ter prendido hoje cedo pela manhã (3) o ex-deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR). Ele foi preso preventivamente em Brasília e levado para a Superintendência da PF no Distrito Federal. A prisão foi solicitada na noite de ontem, em mandado assinado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin, a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR).
Temer decidiu retornar a São Paulo, hoje, após a prisão, pela manhã, de Loures. Ele deixou Brasília no meio da manhã e o desembarque no aeroporto de Congonhas estava previsto para antes das 12h.
A agenda oficial do presidente não previa compromissos oficiais. Ele saiu de São Paulo rumo a Brasília na madrugada após um encontro com o governador Geraldo Alckmin (foto).
Segundo informou o Blog da Andréia Sadi, do G1, Temer resolveu voltar a São Paulo para discutir a crise política com seus principais conselheiros e familiares, entre eles Antonio Claudio Mariz, advogado e amigo.
Planalto reage
Ao Estadão, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Moreira Franco, disse neste sábado, 3, que a prisão do deputado afastado Rodrigo Loures não abala o governo Michel Temer. “É um erro judicializar a política e politizar o judicial. Cada um na sua esfera”, afirmou o ministro ao Estado.
“Nós estamos empenhados em trabalhar pela saúde das instituições”. Ao ser questionado sobre a ameaça do PSDB de deixar o governo, Moreira Franco disse que o ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes Ferreira, já havia respondido à questão “com muita cultura e graça”.
Fonte: Agência Brasil e G1
Foto: Reprodução/Estadão