O ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, foi interrogado pela Polícia Federal (PF) nesta segunda-feira (07/10), no contexto da investigação sobre as ações da PRF durante o dia da eleição presidencial de 2022.
A corporação é acusada de ter atuado para impedir o deslocamento de eleitores, principalmente no Nordeste, uma região historicamente favorável ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Essas operações da PRF, realizadas em zonas eleitorais do Nordeste, geraram polêmica e levantaram suspeitas de interferência no processo eleitoral.
O interrogatório de Vasques marca a fase final do inquérito, que apura as responsabilidades dos envolvidos na ação.
A Polícia Federal já adiantou que as justificativas apresentadas até o momento não são suficientes para isentar os acusados.
A investigação segue firme, visando apurar se houve violação dos direitos eleitorais e se as operações tiveram caráter político para influenciar o resultado das eleições.
Além de Vasques, o ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, também será interrogado na próxima semana.
Torres, que ocupava a pasta durante o governo de Jair Bolsonaro, foi indiciado por supostamente ter colaborado com as ações da PRF que teriam como objetivo prejudicar o eleitorado de Lula, dificultando seu acesso às urnas no dia decisivo.
O inquérito inclui, além de Vasques e Torres, outros quatro policiais federais cedidos ao Ministério da Justiça: Alfredo de Souza Lima Coelho Carrijo, Fernando de Sousa Oliveira, Leo Garrido de Salles Meira e Marília Ferreira de Alencar. Todos eles serão ouvidos pela Polícia Federal nas próximas semanas.
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Com o avanço das investigações, espera-se que as autoridades tomem decisões a respeito de eventuais responsabilizações e possíveis desdobramentos judiciais para os envolvidos no caso.
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Foto: divulgação