TSE intima Google para esclarecer ação de Bolsonaro contra Lula

Ex-presidente reclamou que links positivos sobre a trajetória política do petista apareciam em primeiro lugar nas buscas do site

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Publicado em: 12/02/2023 às 20:33 | Atualizado em: 12/02/2023 às 20:56

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) intimou o Google Brasil a fornecer informações para subsidiar uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije) movida por Jair Bolsonaro (PL) contra Lula da Silva, que tramita na corregedoria da corte. É o que informa o colunista Guilherme Amado, do Metrópoles.

De acordo com o ex-presidente, a campanha de Lula patrocinou links no Google para que reportagens positivas sobre sua trajetória política aparecessem em primeiro lugar nas buscas do Google.

A ação foi ajuizada quatro dias após o primeiro turno, no dia 6 de outubro de 2022.

“Os requerentes, ao acessarem o Google, constataram que pesquisas com os termos ‘Lula condenação’, ‘Lula Sergio Moro’, ‘Lula corrupção PT’ […] trouxeram como primeiras respostas o anúncio da própria campanha dos Investigados: ‘Lula foi absolvido – A farsa da Prisão de Lula’”, alegou a equipe jurídica de Bolsonaro.

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Conforme a equipe de Bolsonaro, a prática é uma “manipulação da verdade paga com dinheiro público”.

A equipe do ex-presidente alegou que foram gastos R$ 90 mil com os anúncios do Google Ads e que as reportagens do PT atingiram um público de 2,5 milhões de pessoas.

Sob pena de multa diária de R$ 10 mil, o corregedor do TSE, ministro Benedito Gonçalves, pediu para que a Google indique, tecnicamente, o alcance dos links patrocinados pela campanha de Lula, as taxas de conversão, de rejeição, quais palavras chaves foram relacionadas ao nome do atual presidente na propaganda e quanto a campanha gastou nos anúncios.

Já a campanha de Lula alega que as reportagens impulsionadas cumpriram todos os requisitos de promoção de conteúdo durante a campanha eleitoral.

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Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil