TSE prepara armas que podem deixar Bolsonaro inelegível em 2022
O cerco judicial está se fechando a partir de um inquérito instaurado no TSE em resposta a acusações, sem provas, de manipulação nas urnas
Mariane Veiga
Publicado em: 05/09/2021 às 11:58 | Atualizado em: 05/09/2021 às 12:17
Ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) discutem uma estratégia jurídica que pode deixar o presidente da República, Jair Bolsonaro, inelegível para a eleição de 2022.
Conforme publica o Estadão, o cerco judicial está se fechando a partir de um inquérito administrativo instaurado no TSE em resposta a acusações, sem provas, de Bolsonaro contra o tribunal.
O presidente indicou que a instituição “fecha os olhos para evidências de manipulação em urnas eletrônicas”.
Conforme a visão dos magistrados, a depender do tom adotado por Bolsonaro em seus discursos, os atos de 7 de Setembro poderão fornecer ainda mais provas contra ele.
Portanto, o entendimento prévio é de que, uma vez configurado algum crime, o presidente poderá ter sua candidatura negada no ano que vem.
Dessa maneira, a estratégia da inelegibilidade é discutida nos bastidores para ser usada apenas em caso extremo, de risco efetivo de ruptura institucional.
Segundo avaliação de políticos, iniciar agora um processo de impeachment, a um ano e dois meses das eleições, seria tão traumático quanto inviável.
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