O coronel da Polícia Militar de São Paulo, Ricardo Mello, eleito vice-prefeito de São Paulo no último domingo (27/10), já participou de atos com teor golpista. Indicado à chapa do prefeito reeleito Ricardo Nunes por Jair Bolsonaro, Mello esteve em uma manifestação pró-intervenção militar em 2022, que rejeitava a derrota de Bolsonaro nas eleições.
Em novembro de 2022, Mello esteve presente em uma manifestação em frente ao Comando Militar do Sudeste, em São Paulo, que defendia a intervenção militar e rejeitava a derrota de Bolsonaro para Lula.
O evento ocorreu em sintonia com os bloqueios ilegais promovidos por bolsonaristas em rodovias federais.
Na época, Mello era presidente da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp), uma empresa pública federal.
Nas redes sociais, ele publicou: “Ou ficar à pátria livre ou morrer pelo Brasil”. Durante o protesto, apoiadores de Bolsonaro próximos a Mello seguravam faixas pedindo “intervenção federal”.
Em Brasília, manifestações semelhantes ocorreram em frente ao Quartel-General do Exército, de onde partiu a maioria dos envolvidos nos ataques às sedes dos Três Poderes, no episódio de 8 de janeiro.
Durante sua gestão na Ceagesp, em 2021, Mello foi acusado de forçar um funcionário a pedir demissão sob ameaça de prisão, segundo informações da imprensa.
Além disso, o novo vice-prefeito de São Paulo manifestou posições contrárias à vacinação contra a covid-19, pediu o impeachment de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e defendeu que as abordagens policiais deveriam seguir protocolos diferentes em áreas ricas e pobres da cidade.
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Foto: reprodução