Voluntários brasileiros se preparam para lutar na guerra da Ucrânia
"Não queremos levar ninguém para morrer, ainda que estejamos dispostos a dar a vida pela guerra", disse um dos voluntários.

Da Redação do BNC Amazonas
Publicado em: 06/03/2022 às 09:00 | Atualizado em: 06/03/2022 às 09:01
Um grupo de cerca de 500 voluntários brasileiros estão se mobilizando para lutar na guerra da Ucrânia.
Eles se preparam para se alistar à Legião Internacional de Defesa do Território, criada pelo governo ucraniano em meio ao conflito com as tropas russas. Como informa o Uol.
Por isso, os voluntários buscam levantar recursos para apoiar o exército ucraniano. Mais de cem pessoas formalizaram contato junto à Embaixada da Ucrânia no Brasil.
De acordo com a informação, os custos são de até R$ 7 mil por pessoa, entre passagens aéreas e documentação.
Segundo eles, um grupo de cerca de 15 brasileiros já está na zona de conflito.
O Uol teve acesso aos vídeos compartilhados pelos integrantes do grupo e entrevistou voluntários, que dizem estar dispostos a morrer na guerra ao lado dos militares da Ucrânia.
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Ex-militares
Segundo um dos voluntários, 80% do grupo é formado por ex-militares. Ou seja, muitos deles atiradores de elite, afirma.
O restante é composto por tradutores com fluência nos idiomas ucraniano ou inglês, médicos e enfermeiros.
“Temos uma equipe bem estruturada disposta a ajudar. São pessoas para as quais eu posso falar: ‘cubra a minha retaguarda’, ‘acerte um alvo a 300 metros de distância’. É gente da minha inteira confiança e subordinada a mim. Não queremos levar ninguém para morrer, ainda que estejamos dispostos a dar a vida pela guerra. Nosso ‘pelotão’ quer ir e voltar da Ucrânia sem baixas. Sou da área militar e vou para a linha de frente”, disse Adalton Silva, ex-militar.
Outro voluntário é o ex-militar Bruno Evans, que afirmou:
“Estou disposto a morrer na guerra, se necessário. Quem vai para a Ucrânia, tem que saber dos riscos. Não sei se vou sair da guerra vivo ou se vou ficar com sequelas. Mas minha ideia é ficar na Ucrânia e não voltar mais ao Brasil”.
Assim como, o morador do Rio de Janeiro, Carlos Cândido, 28, diz querer atuar ao lado das forças ucranianas no conflito para ajudar a combater as tropas russas.
“Tem muita gente falando que essa guerra não é nossa. Mas ela ainda pode nos atingir. E é muita covardia o que estão fazendo por lá”, avalia o voluntário.
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Foto: Reprodução