O ministro da Educação , Abraham Weintraub , disse nesta terça-fera (11), que a divulgação do resultado do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), neste ano, foi alvo do que chamou de “chuva de fake news ”. E acrescentou que o problema se deu na impressão.
Convidado na Comissão de Educação (CE) do Senado, para explicar o problema ocorrido, o ministro justificou por que não se pronunciou pessoalmente depois de identificado o problema.
Weintraub disse que “em respeito à Justiça, que estava avaliando o que houve”, preferiu ficar em silêncio sobre a correção do Enem.
Aos senadores, o ministro da Educação disse que o erro se deu na gráfica na hora da impressão.
Para ele, o mesmo problema pode ter acontecido em outras edições do Enem sem que ninguém ficasse sabendo.
“Não dá pra afirmar [sobre ter acontecido o mesmo erro no passado] nem que sim, nem que não, mas esse tipo de processo pode ter acontecido no passado.”
Inconsistência no Enem
Segundo o ministro, ao interagir com internautas logo após a divulgação do resultado do Exame, ele mesmo percebeu que havia uma inconsistência no segundo dia de prova e alertou o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).
Os erros, ressaltou o ministro, foram corrigidos antes da abertura das inscrições do Sistema de Seleção Unificada (Sisu).
Weintraub afirmou que todos os gabaritos dos mais de 5 milhões de inscritos foram checados e rechecados várias vezes utilizando os quatro gabaritos existentes e que, por isso, nenhum estudante foi prejudicado.
Weintraub também disse aos senadores que as pessoas que procuraram o MEC para reclamar de problemas no exame foram divididas em três grupos: o primeiro, formado por “militantes, que se faziam passar por um aluno, entravam colocando terror na rede, e a gente descartava”.
De acordo com o ministro, outro grupo era formado por pessoas “que não estavam entendendo o processo, e nós orientamos”.
O terceiro grupo, segundo ele, “foi o de alunos que foram mal, mas disseram que ‘a culpa era do Weintraub ‘.
Os pais nos procuraram, nós checamos as provas e vimos que haviam tirado a nota mesmo”.
De acordo com o ministro, 5,1 mil estudantes – excluindo os treineiros – foram atingidos.
“Estatisticamente o impacto foi irrelevante, mesmo assim o MEC entrou com um processo administrativo contra a gráfica.”
Abraham Weintraub acrescentou que já foi aberto novo processo de licitação para a contratação de uma nova gráfica para a realização do exame de 2020.
Foto: Geraldo Magela/Agência Senado