O empresário Carlos Wizard afirmou que recebeu a “missão” do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello de acompanhar fornecedores e de deixar o Brasil “forrado” de cloroquina e hidroxicloroquina.
Wizard falou em um vídeo gravado em 2020, publicada ontem (21) pela “revista IstoÉ” em rede social, veiculda pelo G1.
Contudo, a Organização Mundial de Saúde (OMS) anunciou a ineficácia do medicamento para tratamento da covid em outubro de 2020.
Além disso, desde maio daquele ano estudos científicos já apontassem o uso da cloroquina como ineficaz contra a covid.
Desse modo, a distribuição do medicamento pelo ministério como forma de tratar a covid é um dos principais pontos de investigação da CPI.
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‘Gabinete paralelo’
Integrantes da CPI suspeitam que Wizard integre o chamado “gabinete paralelo”, que teria assessorado o presidente Jair Bolsonaro em assuntos relacionados à pandemia.
O empresário disse que o então ministro confiou na “habilidade negocial” dele ao pedir que fizesse o acompanhamento dos grandes contratos do ministério.
“A missão que o general me passou foi de acompanhar os grandes fornecedores, os grandes contratos. Você sabe que o orçamento do Ministério da Saúde é um dos maiores que nós temos na nação, o maior da União, cerca de R$ 150 bilhões”, declarou Wizard.
Segundo a reportagem, o empresário atuava como um colaborador informal, sem cargo oficial no ministério.
“Missão”
Na sequência, o Wizard complementa, reafirmando a missão que recebeu de Pazuello:
“Logo, logo, você vai ver aí que o Brasil vai ser forrado de medicamentos na fase ainda inicial do tratamento, cloroquina, a hidroxicloroquina. Ou seja, então, alguns fornecedores são nacionais, mas tem muita coisa que não é fabricada no Brasil e que nós dependemos de fornecedores estrangeiros.”
Leia mais sobre o assunto no G1 .
Foto: Reprodução/Facebook