YouTube derruba 14 lives de Bolsonaro; na próxima, perde o canal

Um dos vídeos foi feito pelo presidente em São Gabriel da Cachoeira, onde inventou uma tribo que não existe e falou de remédios indígenas

Defesa e Saúde se contradizem sobre a produção de cloroquina no país

Neuton Correa, da Redação do BNC AMAZONAS

Publicado em: 21/07/2021 às 22:03 | Atualizado em: 21/07/2021 às 22:14

O presidente do Jair Bolsonaro foi punido pelo YouTube por violar regras da plataforma.

Por causa disso, ele perderá 15 vídeos, na mais dura penalidade aplicada pelo YouTube ao presidente.

Os vídeos a serem derrubados exibem conteúdo falso e violam a política de informações médicas corretas sobre a Covid-19.

Entre as 14 lives que serão removidas, estão as transmissões que o presidente fez em 6 de agosto do ano passado, com Eduardo Pazuello, e em 27 de agosto, com Damares Alves.

Outra transmissão, deste ano, e posterior à nova política do YouTube, que foi, implementada em abril, foi feita diretamente do Amażonas, em 27 de maio.

Esse vídeo foi feito em São Gabriel da Cachoeira, onde Bolsonaro inventou um povo indígena chamado “balaio”, que não existe, e recomendou remédios indígenas contra a covid-19.

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Nos outros casos, Bolsonaro aparece defendendo tratamento com hidroxicloroquina e/ou ivermectina, considerados pela ciência remédios ineficazes contra a doença.

“Nossas regras não permitem conteúdo que afirma que hidroxicloroquina e/ou ivermectina são eficazes para tratar ou prevenir Covid-19; garante que há uma cura para a doença; ou assegura que as máscaras não funcionam para evitar a propagação do vírus”, afirmou a plataforma em comunicado enviado ao site Metrópoles.

De acordo com o site, na próxima violação que o presidente cometer, ele sofrerá um strike, ou seja, ficará por uma semana sem poder usar o canal.

Foto: Carolina Antunes/PR