Segurança de Zambelli paga fiança e sai após atirar em jornalista
De acordo com a Polícia Civil, “o mesmo foi preso haja vista ter efetuado um disparo de arma de fogo em direção ao solo”
Diamantino Junior
Publicado em: 30/10/2022 às 10:08 | Atualizado em: 30/10/2022 às 10:09
Após ser preso por disparar uma arma de fogo durante perseguição ao jornalista Luan Araújo, na capital paulista, o segurança da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) pagou fiança de um salário mínimo e foi solto. O caso aconteceu nesse sábado (29/10).
De acordo com a Polícia Civil, “o mesmo foi preso haja vista ter efetuado um disparo de arma de fogo em direção ao solo”. O caso foi comunicado à Justiça Eleitoral para análise.
Vídeos que viralizaram nas redes sociais mostram Luan e Zambelli trocando insultos por divergências políticas; ela é aliada fiel do presidente Jair Bolsonaro (PL), e o jornalista, petista. Após o bate-boca, Araújo provocou a deputada: “Te amo, espanhola”, o que fez com que ela e seus seguranças saíssem correndo atrás dele.
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Zambelli afirmou ter sido empurrada por um “homem negro”, o que fez com que ela machucasse o joelho.
Entretanto, imagens obtidas pela coluna de Guilherme Amado, do Metrópoles, mostram que a parlamentar tropeça sozinha e, ao levantar, sai correndo atrás do homem.
Ela é acompanhada por um de seus seguranças, que já saca a arma e aponta para Araújo.
O segurança de Zambelli chega a dar um tiro para o alto durante a perseguição pelas ruas de São Paulo. Com uma arma em punho, a deputada também corre atrás do jornalista e o acua dentro de um bar.
Zambelli registra ocorrência
A deputada registrou ocorrência por agressão contra Luan Araújo. A congressista relatou, na delegacia, que foi agredida pelo rapaz. Zambelli contou que almoçava com o filho de 14 anos quando observou “uma movimentação estranha pela janela do restaurante”. “Um grupo de pessoas olhava em minha direção como se estivesse me desafiando”, ressaltou.
A deputada diz ter sido xingada pelo grupo. “Não é porque não gosto de me fazer de vítima que devo normalizar as perseguições e agressões que vêm aumentando a cada dia”, finalizou. Ao deixar o 78º DP de São Paulo, a parlamentar afirmou que votará armada neste domingo (30/10).
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