O Boi Garantido apresentou na noite desta quinta-feira (28), o projeto de arena “Auto da Resistência Cultural”, que será desenvolvido em três atos: “Identidade e Resistência”, “Diversidade e Resistência” e, fecha a última noite levando para arena a temática “Consciência e Resistência”.
Durante a coletiva de imprensa na Cidade Garantido, estavam presentes membros da diretoria executiva, da Comissão de Arte, da coordenação musical e representantes da Maná Produções e de religiões de matrizes africanas.
A trilogia do Boi da Baixa do São José inicia com a apresentação da “Identidade e Resistência”, na sequência, “Diversidade e Resistência” e, fecha a última noite levando para arena a temática “Consciência e Resistência”.
Fred Góes, membro da Comissão de Arte, explica que a trilogia do Auto da Resistência Cultural trata, artisticamente, do processo da resistência negra e indígena, contra a segregação opressora da colonização europeia, cuja herança está impressa na formação social e cultural do povo brasileiro.
Ainda segundo Góes, os donos da terra, culturas que aqui viviam, foram vítimas de violência e extermínio e os negros, arrancados da Mãe África, sofreram o terror do poder colonizador, nos porões dos navios negreiros e nas terras de Pindorama, onde eram “vendidos feitos animais”.
Logo depois, segundo ele, a invasão Portuguesa invadiu nossas terras, a Amazônia foi isolada do restante do País, indígenas massacrados, entretanto, deu sua contribuição com a coragem e bravura de Ajuricaba e reuniu os negros, caboclos e índios em revoluções. “O tema é uma celebração, reconhecimento e tributo a todos que lutaram e aos que contribuíram lutando em defesa das diferenças e dos direitos da pessoa humana”, conclui Fred Góes.
O Garantido fecha a primeira noite de apresentação e abre as outras duas.
Solidário ao bumbá azul e branco
Durante o discurso, o presidente do Garantido, Fábio Cardoso, ressaltou o apoio dos artistas e kaçauerés (empurradores de alegoria) aos trabalhadores do Caprichoso para conter o fogo que destruiu uma das alegorias do bumbá. “Precisamos ser solidários, precisamos fortalecer o Festival, tiro o chapéu para os artistas que ajudaram os trabalhadores do Caprichoso, o que aconteceu com eles não desejo para ninguém”, comentou.