GOVERNO VAI PAGAR MAIS DUAS PARCELAS DO AUXÍLIO EMERGENCIAL
Anúncio foi feito hoje pelo ministro da Economia, durante reunião ministerial convocada por Bolsonaro

Aguinaldo Rodrigues
Publicado em: 09/06/2020 às 12:13 | Atualizado em: 09/06/2020 às 17:54
O ministro da Economia, Paulo Guedes, confirmou que o governo vai pagar mais duas parcelas do auxílio emergencial. O benefício é uma forma de socorrer parte da população durante a pandemia do coronavírus (covid-19).
Só o valor que ainda não está definido, mas Guedes sinalizou que será abaixo dos R$ 600 atuais. Essa definição vai ser tratada com o Congresso Nacional, conforme disse.
Ele anunciou ainda um programa de renda mínima permanente para o pós-pandemia, o Renda Brasil. Além disso, afirmou que será criado um programa para geração de empregos formais, com a retomada do projeto Carteira Verde e Amarela.
“Aprendemos durante toda essa crise que havia 38 milhões de brasileiros invisíveis e que também merecem ser incluídos no mercado de trabalho”.
Em novembro de 2019, o governo editou MP (medida provisória) para criar o Contrato de Trabalho Verde e Amarelo. Conforme anunciado, a ideia era facilitar a contratação de jovens de 18 a 29 anos, mas ela perdeu a validade antes de ser aprovada pelo Congresso, em abril deste ano.
De acordo com o ministro, haverá a unificação de vários programas sociais para a criação do Renda Brasil.
Dessa maneira, o plano é incluir 38 milhões de beneficiários do auxílio emergencial.
Fonte: Agência Brasil
Leia mais
Sai primeira parcela da ajuda a estados e municípios e demais já têm datas
Bolsonaro “paz e amor”?
Segundo observadores, Bolsonaro adotou na reunião de hoje um novo tom. Tanto ao se referir ao colégio de ministros quanto à imprensa e instituições, como a OMS (Organização Mundial de Saúde), por exemplo.
Portanto, não repetiu os palavrões e as referências agressivas da famigerada reunião de 22 de abril. A de hoje foi transmitida ao vivo pela estatal TV Brasil. Logo depois da repercussão negativa causada pelas denúncias do ex-ministro Sérgio Moro, Bolsonaro afirmou que gravações dessas reuniões não mais aconteceriam.
Até o tema coronavírus foi tratada nesta reunião, com Bolsonaro reiterando a defesa do fim do isolamento. Mesmo adotando tom ameno, ele não perdeu a chance de criticar a imprensa. Para ele, as notícias do coronavírus não passaram de “pânico pregado pela mídia lá trás”.
Ele fez referência à informação da OMS de hoje de que a contaminação a partir de pacientes assintomáticas “é muito rara”.
Para Bolsonaro, as consequências da pandemia é de responsabilidade dos estados e municípios, conforme definiu o STF. Dessa maneira, quis dizer que o Supremo Tribunal Federal negou autonomia ao governo para tomar medidas.
Leia mais no portal do Estado de Minas.
Foto: Marcos Corrêa/Presidência da República