GOVERNO VAI PAGAR MAIS DUAS PARCELAS DO AUXÍLIO EMERGENCIAL

Anúncio foi feito hoje pelo ministro da Economia, durante reunião ministerial convocada por Bolsonaro

Bolsonaro deu 93% do Auxílio Brasil entre primeiro e segundo turnos

Aguinaldo Rodrigues

Publicado em: 09/06/2020 às 12:13 | Atualizado em: 09/06/2020 às 17:54

O ministro da Economia, Paulo Guedes, confirmou que o governo vai pagar mais duas parcelas do auxílio emergencial. O benefício é uma forma de socorrer parte da população durante a pandemia do coronavírus (covid-19).

Só o valor que ainda não está definido, mas Guedes sinalizou que será abaixo dos R$ 600 atuais. Essa definição vai ser tratada com o Congresso Nacional, conforme disse.

Ele anunciou ainda um programa de renda mínima permanente para o pós-pandemia, o Renda Brasil. Além disso, afirmou que será criado um programa para geração de empregos formais, com a retomada do projeto Carteira Verde e Amarela. 

“Aprendemos durante toda essa crise que havia 38 milhões de brasileiros invisíveis e que também merecem ser incluídos no mercado de trabalho”.

Em novembro de 2019, o governo editou MP (medida provisória) para criar o Contrato de Trabalho Verde e Amarelo. Conforme anunciado, a ideia era facilitar a contratação de jovens de 18 a 29 anos, mas ela perdeu a validade antes de ser aprovada pelo Congresso, em abril deste ano.

De acordo com o ministro, haverá a unificação de vários programas sociais para a criação do Renda Brasil.

Dessa maneira, o plano é incluir 38 milhões de beneficiários do auxílio emergencial.

Fonte: Agência Brasil

 

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Bolsonaro “paz e amor”?

Segundo observadores, Bolsonaro adotou na reunião de hoje um novo tom. Tanto ao se referir ao colégio de ministros quanto à imprensa e instituições, como a OMS (Organização Mundial de Saúde), por exemplo.

Portanto, não repetiu os palavrões e as referências agressivas da famigerada reunião de 22 de abril. A de hoje foi transmitida ao vivo pela estatal TV Brasil. Logo depois da repercussão negativa causada pelas denúncias do ex-ministro Sérgio Moro, Bolsonaro afirmou que gravações dessas reuniões não mais aconteceriam.

Até o tema coronavírus foi tratada nesta reunião, com Bolsonaro reiterando a defesa do fim do isolamento. Mesmo adotando tom ameno, ele não perdeu a chance de criticar a imprensa. Para ele, as notícias do coronavírus não passaram de “pânico pregado pela mídia lá trás”.

Ele fez referência à informação da OMS de hoje de que a contaminação a partir de pacientes  assintomáticas  “é muito rara”.

Para Bolsonaro, as consequências da pandemia é de responsabilidade dos estados e municípios, conforme definiu o STF. Dessa maneira, quis dizer que o Supremo Tribunal Federal negou autonomia ao governo para tomar medidas.

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Foto: Marcos Corrêa/Presidência da República