Imed, contratado por David para cirurgias, é investigado pelo MPF

Publicado em: 14/10/2017 às 17:21 | Atualizado em: 14/10/2017 às 17:21
O Ministério Público Federal (MPF) anuncia a abertura de inquérito para investigar denúncia de irregularidades na gestão do hospital estadual Delphina Aziz, administrado pelo Instituto de Medicina, Estudo e Desenvolvimento (Imed).
A informação foi publicada pelo portal Amazonas Atual nesta sexta, dia 13.
Essa empresa é a mesma que foi contratada em agosto deste ano, sem licitação, e por R$ 8,4 milhões, pelo então governador interino David Almeida (PSD).
O acordo aconteceu entre os dois turnos da eleição suplementar a governador do Amazonas.
O Imed já havia sido denunciado pelo Ministério Público de Contas (MPC) em 2016, depois que foi contratado pelo governo José Melo (Pros) por R$ 30,5 milhões para gerenciar o hospital Delphina Aziz, na zona norte de Manaus.
Apesar dessa denúncia, o Imed não encontrou barreira para ser beneficiado novamente, agora pelo governo interino do deputado David em um contrato, sem licitação, para realização de cirurgias não emergenciais.
Tal contratação, no calor da campanha eleitoral no Amazonas, rendeu bastante polêmica.
Primeiro veio o vazamento de áudio de uma conversa entre o irmão de David, Daniel Almeida, e diretora de instituto que foi preterido pelo governador interino para o contrato de R$ 8,4 milhões para cirurgias.
David deu explicações e disse que seu irmão “caiu em uma armadilha”.
A diretora denunciara que o valor de cada uma das 780 cirurgias contratadas para execução em 90 dias chegava perto de R$ 10 mil.
Depois desse desgaste causado pela denúncia, e já sob a mira dos órgãos de fiscalização, David alterou a portaria de contratação do Imed para dizer que seriam 780 cirurgias a cada mês.
Na Assembleia Legislativa (ALE-AM), da qual David estava licenciado da presidência para ser governador interino, o que viria a ser futuro líder do eleito Amazonino Mendes (PDT), deputado Dermilson Chagas (PEN), denunciava que o Imed, sem capacidade técnica para fazer cirurgias cardiovasculares, estava quarteirizando o serviço para outro instituto, por preço bem abaixo do que ia receber do governo.
O governo, via Secretaria de Saúde (Susam), já foi notificado da investigação do MPF.
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Foto: Divulgação/Secom