CPI da covid pede que ‘Capitã Cloroquina’ seja afastada pelo governo

Mayra Pinheiro tem contra si muitas provas de que foi das principais incentivadoras do uso do kit covid como "tratamento precoce" da doença

CPI da covid

Aguinaldo Rodrigues

Publicado em: 03/08/2021 às 10:32 | Atualizado em: 03/08/2021 às 10:32

A CPI da covid do Senado, que voltou hoje (3) do recesso, aprovou pedido à Justiça de afastamento de Mayra Pinheiro, a “Capitã Cloroquina”. Apesar de todas as denúncias que pesam contra ela, o governo Bolsonaro não a afastou da Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação do Ministério da Saúde.

O autor do pedido à Justiça de afastamento da secretária é de Randolfe Rodrigues (Rede-AP), vice-presidente da CPI.

Mayra ficou conhecida como “Capitã Cloroquina” por defender, como secretária, o kit covid como “tratamento precoce”.

Como resultado, ela está entre 14 pessoas investigadas pela CPI.

Conforme Rodrigues, a “Capitã Cloroquina”, na CPI, “mentiu ou entrou em contradição em ao menos 11 oportunidades”.

Além disso, o senador argumentou que a permanência de Mayra no cargo pode atrapalhar as investigações da comissão.

O Código de Processo Penal prevê “suspensão do exercício de função pública quando houver justo receio de sua utilização para a prática de infrações penais”.

Queiroga inerte

O presidente da CPI da covid, Omar Aziz (PSD-AM), também não vê condição de continuar servidora do Ministério da Saúde.

“Depois do que o Brasil assistiu, sinceramente, não dá para o ministro Marcelo Queiroga manter na sua equipe uma pessoa que pensa totalmente diferente da ciência”.

Aziz disse, dessa forma, que ela possivelmente “cometeu crime contra a vida”.

“Por prescrever medicação que não salvava ninguém, mas que matou muitos amazonenses”.

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Foto: Agência Senado