MinistĂ©rio PĂºblico do Rio pede prisĂ£o da ex-deputada Flordelis

Ex-deputada Ă© acusada de ser a mandante do assassinato do marido, o pastor Anderson do Carmo, em junho de 2019

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Publicado em: 13/08/2021 Ă s 17:09 | Atualizado em: 13/08/2021 Ă s 17:13

O MinistĂ©rio PĂºblico do Rio de Janeiro pediu, nesta sexta-feira (13), a prisĂ£o preventiva da ex-deputada Flordelis. Ela Ă© acusada de ser a mandante do assassinato do marido, o pastor Anderson do Carmo, em junho de 2019, em NiterĂ³i (RJ).

Atualmente, Flordelis é rĂ© por homicĂ­dio triplamente qualificado, tentativa de homicĂ­dio, uso de documento falso e associaĂ§Ă£o criminosa armada.

Ela foi denunciada em agosto de 2020, mas nĂ£o podia ser presa por possuir imunidade parlamentar. 

Na Ăºltima quarta (11), a CĂ¢mara dos Deputados aprovou a cassaĂ§Ă£o dela por quebra de decoro, tirando o benefĂ­cio. Flordelis jĂ¡ era monitorada por uma tornozeleira eletrĂ´nica desde o ano passado.

No pedido, encaminhado Ă  3ª Vara Criminal de NiterĂ³i, o MinistĂ©rio PĂºblico diz que a liberdade de Flordelis coloca em risco a investigaĂ§Ă£o e a aplicaĂ§Ă£o da lei penal. 

Segundo o MP, “alĂ©m da gravidade da conduta criminosa, a ex-deputada, poucos dias apĂ³s o homicĂ­dio, orientou os demais corrĂ©us para que o celular da vĂ­tima fosse localizado e suas mensagens comprometedoras fossem apagadas, bem como que fossem queimadas as roupas com possĂ­veis vestĂ­gios forenses”. 

A ex-deputada tambĂ©m treinou os outros acusados para mentir e alterar versões jĂ¡ fornecidas em depoimentos Ă  polĂ­cia, alĂ©m de descumprir vĂ¡rias vezes a medida cautelar de monitoramento eletrĂ´nico. Nesta semana, a Justiça do Rio negou um pedido feito pela defesa dela para retirada do equipamento. AlĂ©m de Flordelis, mais dez pessoas foram denunciadas pelo crime: sete filhos dela, uma neta, um ex-policial militar e a esposa dele.

Flordelis nega acusações

Antes da votaĂ§Ă£o pela cassaĂ§Ă£o, Flordelis disse ser inocente no plenĂ¡rio da CĂ¢mara e pediu para ser julgada “pelo povo”.

“Eu nĂ£o posso e nĂ£o devo pagar pelos erros de ninguĂ©m”, declarou. “Quando o Tribunal do JĂºri me absolver, vocĂªs vĂ£o se arrepender de ter cassado uma pessoa que nĂ£o foi julgada”.

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Foto: LuĂ­s Macedo/CĂ¢mara dos Deputados