A juíza Maria do Perpetuo Socorro Menezes, do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJ-AM), concedeu liminar favorável ao senador Omar Aziz (PSD) , contra uma postagem do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) insinuando ligação do presidente da CPI da covid com pedofilia.
O imbróglio começou com uma crítica de Omar Aziz ao presidente Jair Bolsonaro, que recebeu a líder da ultradireita alemã, deputada Beatrix von Storch, no Palácio do Planalto. O encontro foi fora da agenda.
“Nós temos que respeitar o povo judeu. Quando é para pedir ajuda, (Bolsonaro) liga para o primeiro-ministro de Israel, mas quando é para se reunir às escondidas, faz com uma deputada nazista. Não podemos permitir isso. Nazismo não! Nazismo não!”, disse o senador.
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“Pelo raciocínio de Omar Aziz, se a deputada alemã @beatrix.von.storch é nazista por conta de seu avô, então os netos de Omar seriam pedófilos?”, respondeu Eduardo Bolsonaro.
O filho de Bolsonaro fez referência a uma acusação contra Aziz, em 2005, na CPI que investigava exploração sexual de menores. Na ocasião, o senador era vice-governador do Amazonas e teve seu nome retirado da lista dos investigados.
De acordo com o jornalista Nelson Lima Neto, na coluna do Ancelmo em O Globo, a magistrada deu ao filho do presidente 72h para apagar o comentário.
Além da retirada da postagem, a defesa de Aziz pediu uma indenização de R$ 44 mil, que ainda não foi apreciada.
Crítico de Bolsonaro, Omar tem sido alvo constate da militância digital a favor do presidente.
São postagem disseminando o envolvimento do senador em casos de pedofilia e desvios de recursos da Saúde no Amazonas.
Na contraofensiva, o presidente da CPI tem movido ação contra os seus detratores.
Ele move ação, por exemplo, contra o ex-superintendente da Suframa Alfredo Meneses. O coronel teria o chamado de “sacana” e “bandido”.
A Justiça também determinou que deputado estadual Capitão Assumção (PSL-ES) retirasse uma publicação do Instagram chamando o presidente da CPI de corrupto e bandido.
Foto: divulgação