Saída de governador para campanha pode abrir brecha a insubordinações

A preocupaĂ§Ă£o Ă© que os vice-governadores que assumirĂ£o o comando dos estados nĂ£o terĂ£o a mesma legitimidade e força

AnuĂ¡rio aponta mapa da desigualdade no bolso dos PM no paĂ­s

Publicado em: 24/08/2021 Ă s 18:21 | Atualizado em: 24/08/2021 Ă s 18:46

As autoridades que temem uma insubordinaĂ§Ă£o de policiais militares liderada por bolsonaristas jĂ¡ discutem um elemento complicador para 2022.

Trata-se, portanto, da desincompatibilizaĂ§Ă£o dos atuais governadores de estado. A princĂ­pio, eles devem deixar seus cargos em abril, ou seis meses antes das eleições, marcadas para outubro do prĂ³ximo ano. Uma boa parte deve concorrer para outros postos polĂ­ticos.

De SaĂ­da

A preocupaĂ§Ă£o Ă© que os vice-governadores que assumirĂ£o o comando dos estados nĂ£o terĂ£o a mesma legitimidade e força para conter algum motim golpista, jĂ¡ que vĂ£o governar provisoriamente.

AlĂ©m disso, os atuais mandatĂ¡rios, sem a caneta na mĂ£o e envolvidos em uma campanha eleitoral, tambĂ©m perderĂ£o as condições de atuar de forma firme e preventiva.

Linha direta

Atualmente nos cargos, os governadores, alĂ©m de respaldados pelo voto popular, conseguem manter ligaĂ§Ă£o com os comandantes das PMs, que jĂ¡ promoveram e com quem estabeleceram relações de confiança. Portanto, convivem com a tropa ao frequentar cerimĂ´nias e tĂªm condições de mapear a origem de motins para evitar que ganhem corpo.

Leia mais na coluna de MĂ´nica Bergamo na Folha de S. Paulo

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