As autoridades que temem uma insubordinação de policiais militares liderada por bolsonaristas já discutem um elemento complicador para 2022.
Trata-se, portanto, da desincompatibilização dos atuais governadores de estado. A princípio, eles devem deixar seus cargos em abril, ou seis meses antes das eleições, marcadas para outubro do próximo ano. Uma boa parte deve concorrer para outros postos políticos.
De Saída
A preocupação é que os vice-governadores que assumirão o comando dos estados não terão a mesma legitimidade e força para conter algum motim golpista, já que vão governar provisoriamente.
Além disso, os atuais mandatários, sem a caneta na mão e envolvidos em uma campanha eleitoral, também perderão as condições de atuar de forma firme e preventiva.
Linha direta
Atualmente nos cargos, os governadores, além de respaldados pelo voto popular, conseguem manter ligação com os comandantes das PMs, que já promoveram e com quem estabeleceram relações de confiança. Portanto, convivem com a tropa ao frequentar cerimônias e têm condições de mapear a origem de motins para evitar que ganhem corpo.
Leia mais na coluna de Mônica Bergamo na Folha de S. Paulo
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Foto: Tânia Rego/EBC