A CPI da covid descobriu que o lobista Marconny Albernaz Faria “vendeu” por R$ 400 mil a indicação de Márcio Roberto Teixeira Nunes para um cargo no Instituto Evandro Chagas, no Pará, órgão vinculado ao Ministério da Saúde.
Márcio fez os pagamentos para a empresa de Marconny, foi nomeado e acabou preso num escândalo de propinas que envolveu R$ 1,6 milhão.
Dessa maneira, Marconny inicialmente pediu uma propina que chamou de “incentivo” no valor de R$ 25 mil. Só para iniciar os trabalhos.
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Ele ainda tentou levar o nome de Márcio ao ex-ministro da saúde, Luiz Henrique Mandetta, no entanto, Mandetta vetou a indicação.
Conforme o G1, até o nome do vice-presidente Hamilton Mourão ele usou para convencer Márcio a fazer os desembolsos.
A CPI descobriu que Marconny escreveu: “Agora vai de cima pra baixo”. Sobre Karina Kufa, advogada do presidente da República. Para encontrar a advogada, Marconny cobrou um incentivo de R$ 40 mil, segundo mensagens trocadas por WhatsApp.
Marconny também avisou que se encontraria com o próprio presidente, mas a reunião não aconteceu.
Segundo o lobista, Bolsonaro tinha outra agenda, a posse de uma autoridade em Itaipu que Marconny diz ter indicado.
A CPI já sabe que, além de Karina, Marconny tinha outras duas pontes com o governo: a família Bolsonaro (através do filho Jair Renan e da ex-mulher de Bolsonaro, Ana Cristina Siqueira Valle) e um senador cujo nome não revelou.
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Foto: Pedro França/ Agência Senado