Governo garante que peixe de viveiro no AM é livre da ‘urina preta’
Documento elaborado pela Sepror, SES-AM, Adaf e FVS-RCP orienta sobre ocorrência de rabdomiólise e consumo de peixe

Ednilson Maciel
Publicado em: 21/09/2021 às 17:20 | Atualizado em: 21/09/2021 às 17:32
O Governo do Amazonas garante que o pescado com origem na piscicultura não tem qualquer restrição de consumo. O esclarecimento consta de Nota Técnica conjunta sobre o surto da doença de Haff (rabdomiólise) no estado.
A informação é confirmada pelas secretarias de Produção Rural (Sepror) e de Saúde (SES-AM), da Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Amazonas (Adaf) e da Fundação de Vigilância em Saúde Dra. Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP).
Conforme a nota, não foi relatado consumo de peixes de piscicultura entre os casos notificados de doença de Haff no Amazonas.
No documento, os órgãos esclarecem que “os casos apresentam relato de consumo de peixe de vida livre, não sendo identificado o consumo de pescados provenientes de piscicultura entre os casos notificados da doença”.
Ainda conforme a nota, os peixes advindos de piscicultura seguem as normas de controle de processos estabelecidas pelos órgãos responsáveis, que vão desde a aquisição dos alevinos, passando pelo manejo, alimentação até a conservação dos produtos.
O secretário adjunto de Pesca e Aquicultura da Sepror, Leocy Cutrim, disse que o peixe da piscicultura é saudável e bastante consumido, tanto o tambaqui como a matrinxã, sem relação com nenhum caso de “rabidomiólise”.
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Ocorrência
A doença, popularmente conhecida como “síndrome da urina preta”, já aconteceu anteriormente no estado do Amazona. Com isso, foram 27 casos em 2008, 74 casos em 2015 e 63 casos atualmente (conforme último balanço).
Outros casos foram detectados na Bahia, sendo 71 casos em 2017 e 40 em 2020.
A ocorrência da rabdomiólise é comum em doenças e agravos como traumatismos, atividades físicas expressivas, crises convulsivas, consumo de álcool e outras drogas e infecções.
Além disso, pode estar associada a toxina biológica, até então não identificada, assim como ao consumo de pescados. É comumente denominada de doença de Haff.
Foto: Divulgação/Sepror