MP investiga ex-mulher de Bolsonaro por lavagem de dinheiro
Investigação aponta novos indícios da participação de Ana Cristina Valle em casos de lavagem de dinheiro para prática de "rachadinha" no gabinete do vereador Carlos Bolsonaro
Publicado em: 08/12/2021 às 10:27 | Atualizado em: 08/12/2021 às 10:39
Documentos do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) mostram novos indícios de participação da ex-mulher do presidente Jair Bolsonaro (PL), Ana Cristina Valle, em casos de lavagem de dinheiro para prática de “rachadinha” no gabinete do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos). As informações são do UOL.
De acordo com reporatgem da TV Globo, foram encontrados diversos processos nos quais ela trabalhou como advogada em indenizações de acidentes de trânsito.
Entre 2007 e 2010 teriam sido 56 casos, segundo consulta feita ao site do TJRJ (Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro), sendo 54 relacionados ao seguro DPVAT.
A maioria deles, no Rio Grande do Sul, apesar de o escritório dela ter sede no Rio.
Testemunhas denunciaram o envolvimento de Ana Cristina em fraudes que incluem o não pagamento de valores a vítimas.
Dessa forma, a suspeita do MPRJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) é que a atuação das empresas dela tenham relação com a suposta “rachadinha” no gabinete do filho do presidente da República.
Em outubro, uma investigação mostrou que as empresas de Ana Cristina acumulam dívidas de R$ 325,5 mil com a União.
Ana Cristina foi a primeira chefe de gabinete de Carlos Bolsonaro, em 2001. Ela ainda era casada com Bolsonaro quando foi trabalhar com o enteado e deixou o cargo meses após a separação, em 2008.
Nos últimos três anos, além de trabalhar com o vereador, Ana teve um escritório de advocacia e duas empresas de seguro, que ficavam no centro da capital fluminense, nas proximidades da Câmara – fato visto como suspeito pelo MP.
Além disso, o Ministério Público Estadual suspeita de que a ex-chefe de gabinete de Carlos seguiu recebendo os valores dos funcionários mesmo após deixar o cargo.
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Foto: Reprodução/Facebook